O engenheiro civil aposentado Antonio Wagner Coraça virou uma pequena sensação entre os veteranos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). A pintura do trote, no caso de "Seu Wagner", aprovado em artes visuais na Fuvest aos 60 anos, começou de forma mais cerimoniosa do que com os calouros recém-formados no ensino médio.
Ao sair da matrícula, no prédio em que terá aulas, ele recebeu pinturas no rosto de veteranos do seu curso. Mas, quando chegou ao centro da festa, onde a comissão de recepção de calouros dava as boas vindas aos ingressantes, ele foi reconhecido pelos estudantes que haviam lido sua história. Depois de exercer a engenharia civil por 40 anos, Coraça decidiu estudar artes. Ao se aposentar, ele fez um ano de cursinho e conseguiu a aprovação na ECA.
"A gente estava esperando o senhor, é um prazer enorme te receber", afirmou a primeira veterana a abordar o novo calouro. Ela apenas se atreveu a jogar confetes nos - até então - cabelos limpos.
Coraça contou à jovem estudante de jornalismo o que o motivou a mudar de profissão após a aposentadoria. "Um dia você vai perceber isso. Espero que não aconteça com você como aconteceu comigo. Quanto mais você ascende profissionalmente, menos você exerce a sua real profissão. Chegou um determinado momento em que engenharia era o que eu menos fazia", explicou.
Ele disse que não renegou sua carreira e que até hoje atua como consultor, mas afirmou que decidiu aproveitar o fim de seu ciclo para se aventurar em um mundo não tão novo - segundo Coraça, suas filhas e outras parentes trabalham com design, artes e música.
O novo calouro admitiu que a nova carreira não será abordada com o mesmo impulso de jovens tentando se estabalecer no mercado de trabalho, mas discordou de quem acha que ele vai levar o curso de artes visuais como uma atividade qualquer. "Não é um hobby."
Enquanto contava sua história à nova colega ecana, o senhor com um discreto "ECA" escrito na bochecha começou a ser cercado por veteranos com os dedos cheios de tinta e a idade deixou espaço para a tradição. Em poucos minutos, a camiseta preta levava a palavra "bixo", o rosto ganhou barba e bigode, e os cabelos escuros escaparam à tesoura, mas foram cobertos por tinta branca. "Agora sim, 'Seu Wagner'!", comemoraram os anfitriões da festa, que depois posaram para fotos com o experiente calouro.
Ao sair da matrícula, no prédio em que terá aulas, ele recebeu pinturas no rosto de veteranos do seu curso. Mas, quando chegou ao centro da festa, onde a comissão de recepção de calouros dava as boas vindas aos ingressantes, ele foi reconhecido pelos estudantes que haviam lido sua história. Depois de exercer a engenharia civil por 40 anos, Coraça decidiu estudar artes. Ao se aposentar, ele fez um ano de cursinho e conseguiu a aprovação na ECA.
"A gente estava esperando o senhor, é um prazer enorme te receber", afirmou a primeira veterana a abordar o novo calouro. Ela apenas se atreveu a jogar confetes nos - até então - cabelos limpos.
Coraça contou à jovem estudante de jornalismo o que o motivou a mudar de profissão após a aposentadoria. "Um dia você vai perceber isso. Espero que não aconteça com você como aconteceu comigo. Quanto mais você ascende profissionalmente, menos você exerce a sua real profissão. Chegou um determinado momento em que engenharia era o que eu menos fazia", explicou.
Ele disse que não renegou sua carreira e que até hoje atua como consultor, mas afirmou que decidiu aproveitar o fim de seu ciclo para se aventurar em um mundo não tão novo - segundo Coraça, suas filhas e outras parentes trabalham com design, artes e música.
O novo calouro admitiu que a nova carreira não será abordada com o mesmo impulso de jovens tentando se estabalecer no mercado de trabalho, mas discordou de quem acha que ele vai levar o curso de artes visuais como uma atividade qualquer. "Não é um hobby."
Enquanto contava sua história à nova colega ecana, o senhor com um discreto "ECA" escrito na bochecha começou a ser cercado por veteranos com os dedos cheios de tinta e a idade deixou espaço para a tradição. Em poucos minutos, a camiseta preta levava a palavra "bixo", o rosto ganhou barba e bigode, e os cabelos escuros escaparam à tesoura, mas foram cobertos por tinta branca. "Agora sim, 'Seu Wagner'!", comemoraram os anfitriões da festa, que depois posaram para fotos com o experiente calouro.
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