quarta-feira, 28 de março de 2012

Número de leitores caiu 9,1% no país em quatro anos, segundo pesquisa (Postado por Lucas Pinheiro)

Dados da edição de 2012 da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência, mostram que os brasileiros estão cada vez mais trocando o hábito de ler jornais, revistas, livros e textos na internet por atividades como ver televisão, assistir a filmes em DVD, reunir-se com amigos e família e navegar na rede de computadores por diversão.

A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (28), revelou uma queda no número de leitores no país: de 95,6 milhões, registrada em 2007, para 88,2 milhões, com dados de 2011. O índice representa uma queda de 9,1% no universo de leitores ao mesmo tempo em que a população cresceu 2,9% neste período.

Foram entrevistadas para a pesquisa 5.012 pessoas em 315 municípios brasileiros entre 11 de junho e 3 de junho de 2011. Os entrevistadores classificam como leitores quem leu pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa. O resultado de 88,2 milhões de leitores corresponde a 50% da população total de brasileiros com 5 anos ou mais (178 milhões).

O número de entrevistados que afirmaram aos pesquisadores cultivar o hábito de ler durante o tempo livre caiu 8 pontos percentuais entre 2007 e 2011, de 36% para 24%.

No mesmo período, porém, a porcentagem de quem costuma ver televisão nas horas de lazer subiu de 77% para 85%. Vídeos e DVDs agora agora ocupam 38% das pessoas ociosas, contra 29% há quatro anos, e o hábito de navegar pela internet (mas sem de fato ler textos por prazer ou para se informar) aumentou de 18% para 24%. As reuniões com parentes e amigos também cresceu, de 31% para 44%. Os entrevistados puderam escolher mais de uma opção.

De acordo com o diretor do Ibope Inteligência, Hélio Gastaldi, o aumento da expectativa de vida e a redução da concentração de brasileiros em idade escolar é um dos fatores causadores da diminuição de leitores. Além disso, Gastaldi afirmou que a leitura está mais pulverizada em diversos meios.

A presidente do Instituto Pró-Livro, Karine Pansa, acredita que ainda levará tempo para que o Brasil alcance níveis de leitura considerados ideais."A gente olha para países com índice de oito livros por ano. São países europeus. Isso é um futuro longo e a gente vai ter que batalhar muito por isso", disse.

Karina disse que é necessário que os professores incentivem o hábito da leitura nos alunos, já que a pesquisa os aponta como as pessoas que mais influenciam os indivíduos na hora de ler."Se você ver o prazer que o seu professor tem pela leitura, você vai se perguntar o porquê. E vai, no mínimo, ter essa inquietude de querer saber por que ele gosta tanto daquele livro", afirmou.

Perfil
Atualmente, as mulheres são maioria entre as pessoas com o hábito de ler pelo menos um livro a cada três meses (57%), e as faixas etárias que mais reúnem pessoas com o hábito de ler são entre 30 e 39 anos (16% do total), entre 5 e 10 anos (14%) e entre 18 e 24 anos (14%).

A queda do número de leitores foi apontada em todas as regiões brasileiras, com exceção do Nordeste, que ganhou um milhão de leitores entre 2007 e 2011, e onde a penetração da leitura subiu de 50% para 51%. Hoje, 29% de todos os leitores brasileiros vivem nesses estados, contra 25% em 2007. Por outro lado, no Sudeste, a penetração caiu de 59% para 50% do total da população e hoje responde por 43% do total de leitores, dois pontos percentuais a menos que na última edição da pesquisa. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul vivem 8%, 8% e 13% dos leitores brasileiros, respectivamente.

Os leitores brasileiros leram em média 1,85 livro nos três meses anteriores à pesquisa, número menor que a média de 2007 (2,4).

Os textos escolares são lidos com maior frequência: 44% dos leitores que leem esse tipo de texto o fazem todos os dias, e outros 44% afirmaram que leem textos escolares de vez em quando. O livro no formato tradicional vem perdendo espaço para os outros suportes. Os leitores de textos na internet afirmaram que têm o hábito de usar esse suporte com frequência: 38% o fazem todos os dias e 42% de vez em quando. Por outro lado, quase metade dos leitores (46%) que afirmaram ler livros em geral (ou seja, os que não são indicados pela escola, nem são jornais ou revistas) admitiram que cultivam esse hábito apenas uma vez por mês. Apenas 21% dessa faixa de entrevistados disse que lê livros em geral diariamente.

Ainda que o resultado da pesquisa mostra o enfraquecimento do hábito de leitura no país, os brasileiros se mostraram mais otimistas: 49% deles afirmou que atualmente lê mais do que no passado, e 28% admitiu que vem perdendo este costume. Outros 20% disseram que não aumentaram nem diminuíram o hobby de ler livros, jornais, revistas ou textos na internet.

*Colaboraram Felipe Néri, Ana Carolina Moreno, Paulo Guilherme e Elvis Henrique Martuchelli, da editoria de Arte do G1.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Estudantes do Mackenzie fecham rua de SP em protesto contra o Enem (Postado por Lucas Pinheiro)

Estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie faziam uma manifestação na Rua da Consolação, em São Paulo, por volta das 11h40 desta quarta-feira (21). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), três faixas do sentido bairro da via foram interditadas na altura do 890. Por volta das 12h15, os estudantes passaram a ocupar a Rua Maria Antônia. Entretanto, uma faixa da Rua da Consolação permanecia bloqueada pela Polícia Militar.

Segundo Rodrigo Nahas, estudante de Direito de 21 anos e um dos coordenadores do movimento, os estudantes são contra a determinação da instituição em implantar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como vestibular. “O Enem não tem condições de ser utilizado por qualquer universidade de renome por causa do seu histórico negativo no país", disse.

A também estudante de Direito Tamires Srasson, de 21 anos, também participava do movimento no início da tarde desta quarta. "A gente acha que o Enem é um sistema que não passa credibilidade. Já aconteceu uma série de problemas. A gente não pode aceitar que um sistema desses seja a única forma de seleção. Um sistema que é cada vez mais vergonhoso, se for o único sistema de seleção vai decair o prestígio e o reconhecimento da faculdade em alguns anos", comentou.

Marcelo Groba, estudante do 3º ano de Direito, criticou a forma como a decisão de inserir o Enem na universidade foi tomada. "O que nos incomoda é que o Mackenzie nunca consulta os alunos para tomar decisões que interferem no futuro dos alunos. Justamente pelo Enem ter indícios de fraude a gente fica na dúvida de como ficará o prestígio. Os alunos dependem do reconhecimento da faculdade, do diploma", disse.

Segundo Nahas, o movimento estava pacífico no horário e não havia confronto com a polícia. O grupo deve ficar no local até por volta das 13h.

A assessoria de imprensa do Mackenzie informou que deve divulgar um nota sobre a manifestação dos estudantes no início da tarde desta quarta.

sábado, 17 de março de 2012

Com vaga garantida em Harvard, estudante de SP é aprovado pelo MIT (Postado por Lucas Pinheiro)

Aos 17 anos, Gustavo Haddad Braga, morador de São José dos Campos, em São Paulo, vive o privilégio de ter de escolher entre se matricular na Universidade de Harvard ou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Gustavo ainda não sabe por qual vai optar.

Ele foi aceito em ambas as instituições que ficam nos Estados Unidos e estão entre as melhores do mundo. Gustavo recebeu em dezembro a notícia da aprovação em Harvard. Na quarta-feira (14) à noite, viu que também tinha passado no MIT. As duas instituições são as mais bem colocadas no ranking mundial de universidades na categoria "reputação no meio acadêmico" divulgado esta semana pela Times Higher Education. Além dele, o cearense João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, também já tem vaga garantida no MIT.

No Brasil, o jovem Gustavo também passou nos vestibulares mais concorridos como o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME) e para o curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Gustavo ainda aguarda o término da seleção de outras quatro universidades americanas: Yale, Princeton, Stanford e Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). A previsão é de que o resultado seja divulgado em 30 de março. Ao que tudo indica, ele também deve ser requisitado por essas instituições.

É que a seleção é feita por uma mesma prova, um exame chamado Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano' que seleciona os estudantes para as universidades. Na primeira prova, que traz questões de raciocínio lógico, consideradas mais difíceis, Gustavo tirou 2.400, a pontuação máxima. Na segunda, onde caem questões específicas do núcleo comum do ensino médio ou de língua estrangeira, o estudante tirou 2.350 pontos. Ambas as avaliações exigem nível avançado de inglês.

Para decidir onde vai concluir o curso de ensino superior, Gustavo vai visitar as universidades americanas no próximo mês. Também vai esperar o resultado do programa de bolsas de estudo, que são concedidas a partir da situação socioeconômica do candidato, e avaliar se há diferença entre Harvard e MIT. A matrícula ocorre no dia 1º de maio.

"Eram as duas universidades que mais queria. Estou muito feliz, mas em dúvida. Demora para cair a ficha, é o mesmo sentimento de ser aprovado no vestibular. Você vê seu nome na lista, mas não tem do dimensão do que é. Acho que só quando conhecer as universidades, ter o contato físico, vou entender o quão grandioso é isso tudo", diz Gustavo.

O jovem que nasceu em Taubaté, mas desde pequeno mora em São José dos Campos, afirma que não sabe ao certo qual curso vai seguir. "Gosto muito de física e da área de biológicas, talvez junte estas duas áreas." Segundo ele, nas universidades americanas é permitido escolher a área em até três semestres de aula e o curso, até o fim do segundo ano. Gustavo diz que se decidir pela área de física, a melhor opção é Harvard. Caso pende para o campo das ciências aplicadas e tecnologia, o ideal é se matricular no MIT.

História com os números
Filho de engenheiros químicos, a ciência e os números sempre fizeram parte da vida de Gustavo. A história com as olimpíadas começou aos 10 anos e em oito anos de carreira ele reuniu mais de 40 premiações dentro e fora do Brasil. Em 2008, conquistou ouro na Coreia do Sul; em 2009 prata no Azerbaijão; em 2010 foi bronze na China e na Croácia, e no passado levou bronze na Polônia e ouro na Tailândia. Fora as medalhas das competições nacionais.

"Comecei a participar quando estava na sexta série, incentivado por uma professora e logo peguei primeiro lugar na Olimpíada de Matemática. As provas envolvem criatividade e é um desafio usar as ferramentas do ensino médio para resolver as questões", diz o jovem. Gustavo afirma que a vontade de fazer faculdade nos Estados Unidos começou nesse universo das olimpíadas, já que o contato com estudantes estrangeiros é muito próximo.

Para o campeão, os bons resultados nos vestibulares e a aprovação em Harvard e no MIT só foram possíveis graças a esse treinamento, já que os problemas cobrados nas olimpíadas são muito mais complexos e difíceis do que os dos vestibulares. Ele concluiu o ensino médio no ano passado, no Colégio Objetivo de São José dos Campos. "As olimpíadas sempre ajudaram demais. Tinha muitas aulas de preparação, algumas quase particulares. Para quem estuda para essas competições, o vestibular fica até fácil porque desenvolve muito raciocínio."

sexta-feira, 16 de março de 2012

Campeão de olimpíadas, estudante de 17 anos do Ceará é aceito no MIT (Postado por Erick Oliveira)

Às 20h28 desta quarta-feira (14), João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, acessou a internet na sua casa em Fortaleza (CE) e descobriu que sua vida iria mudar completamente: ele foi aprovado na seleção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, o MIT é umas das universidades mais conceituadas do mundo: referência em ensino e pesquisa em tecnologia, ficou em segundo lugar no ranking mundial em reputação da Times Higher Education, atrás apenas da Universidade de Harvard.
A data e o horário em que João Lucas viu a aprovação foram estipulados pela instituição para que os candidatos verificassem o resultado da seleção por meio de uma senha. "Eu estava desanimado, comecei a pensar no pior, mas quando vi que passei, saí correndo, subi e desci as escadas umas dez vezes. Meus pais tomaram um susto", diz João Lucas.
Para ser selecionado no MIT é necessário fazer um exame chamado de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Sá conta que fez as provas específicas de matemática e química e gabaritou com 800 pontos, a nota máxima. Também foi necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). Do total de 120 pontos, o jovem fez 113.
Apesar do bom desempenho no processo seletivo, o estudante tinha dúvidas se seria aceito.  "Muita gente boa aplica para o MIT, passar lá é algo extraordinário. Não tinha como ter certeza", afirma.
Fera em matemática, João Lucas ainda não sabe qual curso vai optar no MIT. A universidade permite que o estudante defina a graduação em até dois anos. Até lá, o jovem quer explorar áreas como computação e economia. E ao concluir os quatro anos de estudo já sabe seu destino: voltar para Fortaleza. "Estudar fora do país vai ser importante para o currículo, mas quero voltar e contribuir para minha cidade, fazer algo significativo para meu estado. Não penso em morar nos Estados Unidos, não teria sentido."
Campeão olímpico
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.
Quando tinha uns 10 anos, o estudante foi convidado pelo colégio Ari de Sá, em Fortaleza, onde concluiu o ensino fundamental e médio, para participar de uma oficina de matemática. "As aulas eram legais porque eram mais difíceis, mais desafiadoras do que as da sala de aula. Mas nessa época nem tinha intuito de competir", afirma.
O 'supercampeão' nem sabe dizer quantas medalhas já conquistou ao longo da carreira que começou aos 12 anos. Foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática; prata na Olimpíada Internacional de Matemática, na Holanda; prata na Romênia Master (prêmio inédito para o Brasil) e ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul neste ano, entre outras premiações.
Apesar de tantos títulos, João Lucas conta que a mais importante conquista não veio em forma de medalha. "Alguns dos meus melhores amigos eu fiz nas olimpíadas. Acontecia de nos encontrarmos nas viagens. Alguns já estudam fora do país e me ajudaram com dicas."
'Não precisa ser gênio'
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."
A mãe de João Lucas, a assistente social Francisca Rosa Camelo Sá, de 54 anos, agora mescla o orgulho de ver o sucesso do filho com a angústia de saber que o caçula de três filhos vai se mudar do país. "Ele é muito determinado, no fundo sabia que ia dar certo. Mas agora vem a sensação do ninho se esvaziando e ao mesmo tempo saber que nossa missão está sendo cumprida. É muito orgulho."
Além da falta dos pais, das duas irmãs e dos amigos e parentes do Ceará, João Lucas diz que vai sentir muitas saudades do clima do nordeste brasileiro. "Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!"

quinta-feira, 15 de março de 2012

Campeão de olimpíadas, estudante de 17 anos do Ceará é aceito no MIT (Postado por Lucas Pinheiro)

Às 20h28 desta quarta-feira (14), João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, acessou a internet na sua casa em Fortaleza (CE) e descobriu que sua vida iria mudar completamente: ele foi aprovado na seleção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, o MIT é umas das universidades mais conceituadas do mundo: referência em ensino e pesquisa em tecnologia, ficou em segundo lugar no ranking mundial em reputação da Times Higher Education, atrás apenas da Universidade de Harvard.

A data e o horário em que João Lucas viu a aprovação foram estipulados pela instituição para que os candidatos verificassem o resultado da seleção por meio de uma senha. "Eu estava desanimado, comecei a pensar no pior, mas quando vi que passei, saí correndo, subi e desci as escadas umas dez vezes. Meus pais tomaram um susto", diz João Lucas.

Para ser selecionado no MIT é necessário fazer um exame chamado de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Sá conta que fez as provas específicas de matemática e química e gabaritou com 800 pontos, a nota máxima. Também foi necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). Do total de 120 pontos, o jovem fez 113.

Apesar do bom desempenho no processo seletivo, o estudante tinha dúvidas se seria aceito.  "Muita gente boa aplica para o MIT, passar lá é algo extraordinário. Não tinha como ter certeza", afirma.

Fera em matemática, João Lucas ainda não sabe qual curso vai optar no MIT. A universidade permite que o estudante defina a graduação em até dois anos. Até lá, o jovem quer explorar áreas como computação e economia. E ao concluir os quatro anos de estudo já sabe seu destino: voltar para Fortaleza. "Estudar fora do país vai ser importante para o currículo, mas quero voltar e contribuir para minha cidade, fazer algo significativo para meu estado. Não penso em morar nos Estados Unidos, não teria sentido."

Campeão olímpico
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.

Quando tinha uns 10 anos, o estudante foi convidado pelo colégio Ari de Sá, em Fortaleza, onde concluiu o ensino fundamental e médio, para participar de uma oficina de matemática. "As aulas eram legais porque eram mais difíceis, mais desafiadoras do que as da sala de aula. Mas nessa época nem tinha intuito de competir", afirma.

O 'supercampeão' nem sabe dizer quantas medalhas já conquistou ao longo da carreira que começou aos 12 anos. Foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática; prata na Olimpíada Internacional de Matemática, na Holanda; prata na Romênia Master (prêmio inédito para o Brasil) e ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul neste ano, entre outras premiações.

Apesar de tantos títulos, João Lucas conta que a mais importante conquista não veio em forma de medalha. "Alguns dos meus melhores amigos eu fiz nas olimpíadas. Acontecia de nos encontrarmos nas viagens. Alguns já estudam fora do país e me ajudaram com dicas."

'Não precisa ser gênio'
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."

A mãe de João Lucas, a assistente social Francisca Rosa Camelo Sá, de 54 anos, agora mescla o orgulho de ver o sucesso do filho com a angústia de saber que o caçula de três filhos vai se mudar do país. "Ele é muito determinado, no fundo sabia que ia dar certo. Mas agora vem a sensação do ninho se esvaziando e ao mesmo tempo saber que nossa missão está sendo cumprida. É muito orgulho."

Além da falta dos pais, das duas irmãs e dos amigos e parentes do Ceará, João Lucas diz que vai sentir muitas saudades do clima do nordeste brasileiro. "Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!"

quarta-feira, 14 de março de 2012

Materiais didáticos 'não vão resolver' homofobia, diz ministro da Educação (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (14) que a elaboração de materiais didáticos sobre o combate à homofobia nas escolas “não vai resolver” o problema. Mercadante falou sobre a questão da diversidade nas escolas ao se dirigir ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) durante reunião a Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, o mais importante é que se possa estabelecer um diálogo de respeito à diversidade. "As crianças vão para casa humilhadas devido à homofobia. Nós precisamos fazer uma pesquisa sobre como construir um diálogo de respeito à diversidade", afirmou o ministro. "Lançar um material didático não vai resolver", disse Mercadante.

Em maio de 2011, a presidente Dilma Rousseff suspendeu o projeto de produção e distribuição de material didático sobre homofobia para estudantes do ensino médio na rede pública. O chamado "kit anti-homofobia", também popularizado como "kit gay", era composto por três vídeos acompanhados de apostilas voltadas aos professores e estava sendo analisada pelo MEC como parte do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal. O objetivo era dar subsídios para que os professores abordassem temas relacionados à homossexualidade com alunos do ensino médio.

O kit foi elaborado após a realização de seminários com profissionais de educação, gestores e representantes da sociedade civil. O material era composto de um caderno que trabalhava o tema da homofobia em sala de aula e no ambiente escolar, buscando uma reflexão, compreensão e confronto. A ideia era distribuir em 6 mil escolas públicas.

A proposta provocou forte reação de setores do Congresso Nacional. O ministro da Educação na época, Fernando Haddad, foi chamado para explicar os vídeos para a bancada evangélica da Câmara dos Deputados. Em meio à polêmica, a presidente Dilma Rousseff anunciou a suspensão do chamado “kit anti-homofobia”.

Mudanças no Enade
O ministro da Educação anunciou a inclusão de um semestre a mais no Exame Nacional de Desempenhos dos Estudantes (Enade). A intenção segundo o ministro é evitar que instituições tentem fraudar o exame selecionando apenas os melhores alunos para que obtenha uma nota alta na avaliação. O MEC investiga uma denúncia contra a Universidade Paulista (Unip), suspeita de cometer este tipo de irregularidade. A Unip nega as acusações.

"Nós vamos incluir um semestre a mais na avaliação para garantir que o exame do Enade não permita nenhum tipo de procedimento que não faça a legítima avaliação dos alunos", disse Mercadante.

O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e as avaliações das áreas ocorrem, no máximo, a cada três anos.

sábado, 10 de março de 2012

Fuvest abre processo de reescolha de vagas para 13.294 candidatos (Postado por Lucas Pinheiro)

A Fuvest divulgou neste sábado (10) a relação de vagas não preenchidas nas três primeiras chamadas do vestibular 2012, que serão disponibilizadas para o processo de reescolha. Veja ao lado as 768 vagas disponíveis para cursos da Universidade de São Paulo (USP). Também foi divulgada a lista de candidatos habilitados a participar do processo.

O processo de reescolha permitirá que candidatos que não convocados nas três primeiras chamadas concorram a uma das vagas remanescentes do concurso.

Segundo a Fuvest, 13.294 candidatos estão habilitados a participar. Eles terão até as 23h59 da segunda-feira (12) para acessar o site da Fuvest e indicar seu interesse em até duas opções de cursos de carreiras indicadas pelas unidades, inclusive de áreas diferentes daquela inicialmente escolhida pelo candidato.

Não poderão participar do processo de reescolha os candidatos que já estão matriculados; aqueles que desistiram da vaga; candidatos que tenham sido eliminados ou desclassificados do concurso, exceto aqueles que só tenham sido reprovados na prova de habilidades específicas; e os treineiros.

A lista dos aprovados no processo de reescolha será divulgada no dia 14 de março e a matrícula deverá ser feita no dia 16.

Cursos com provas de habilidades específicas como arquitetura, artes cênicas, artes visuais, design e música não poderão receber candidatos à reescolha por exigirem provas específicas da área. Entretanto, candidatos dessas áreas poderão fazer a reescolha em qualquer outro curso disponibilizado que não exija prova de habilidade.

terça-feira, 6 de março de 2012


Mutirão contra a obesidade infantil


Diante dos dados cada vez mais alarmantes sobre a obesidade infantil no Brasil, equipes do Ministério da Saúde iniciaram ontem um mutirão em 22 mil escolas públicas de 2.000 cidades brasileiras para alertar os estudantes contra os perigos da vida sedentária aliada aos maus hábitos alimentares.

Durante toda a semana, profissionais do Programa Saúde da Escola vão pesar e medir os alunos, calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC) e encaminhar os que estiverem com excesso de peso para as Unidades Básicas de Saúde, onde serão examinados e orientados. O trabalho é o primeiro de uma série do programa Semana de Mobilização Saúde na Escola, lançado em uma escola de Belo Horizonte pelo Ministério. A previsão é que mais de 5 milhões de alunos com idade entre 5 e 19 anos sejam atendidos até sexta-feira.

Estudo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SDEM) mostra crescimento preocupante dessa epidemia, principalmente entre as crianças, nos últimos 20 anos. O sobrepeso já atinge 34,8% dos meninos e 16,6% das meninas de 5 a 9 anos, contra 15% e 11,9% em 1989. No mesmo período, a obesidade saltou de 4,1% para 16,6% entre os garotos nessa idade, e de 2,4% para 11,8% entre as garotas. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Helvécio Magalhães, disse que o problema necessita de intervenção “o mais rápido possível”. “Temos que agir agora para não termos uma geração futura de obesos, hipertensos, diabéticos, com riscos cardiovascular, renal e cerebral aumentados”.

De acordo com ele, é mais fácil tratar a obesidade nas crianças e adolescentes, por isso o governo decidiu abrir o novo programa com esse tema. As famílias também serão convidadas a visitar as UBS para conhecerem os serviços ofertados. Magalhães explica que elas são capazes de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas, desafogando hospitais de referência da região.

A presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, Rosana Radominski, analisa que, nas crianças, a velocidade, em termos de excesso de peso e obesidade, está muito maior do que nos adultos. “Isso tem a ver com a mudança da cultura. Hoje, tem uma inversão nutricional”, afirmou, lembrando que a renda das famílias cresceu, mas não trouxe junto uma educação familiar para que a alimentação fosse corrigida. (Agência Estado)

sexta-feira, 2 de março de 2012


O que Publicam os Principais Jornais do País (Sinopse Radiobras) do DIA em que você acessar este Blog

Independentemente da data desta postagem, para ler o Resumo das NOTÍCIAS de HOJE e de todos os dias seguintes, basta clicar neste LINK: 

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