quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Internet e o pânico das TVs abertas

 
29/1/2014 14:00
Por Altamiro Borges - de Brasília

A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
O jornalista João da Paz, do sítio “Notícias da TV”, publicou nesta semana uma informação que deve causar pânico nos donos das emissoras de televisão no Brasil. Segundo revela, a Suprema Corte dos EUA julgará em abril um processo aberto pelas quatro maiores tevês do país (ABC, NBC, Fox e CBS) contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de assistir televisão. “O que a Aereo faz é pegar os sinais abertos dessas quatro emissoras com uma pequena antena moderna e retransmiti-los pela internet, dando ao telespectador a oportunidade de assistir a esses canais no computador, em tablets e em smartphones, com a opção de gravar e pausar programas. Tudo em alta definição”.
O novo serviço tende a promover uma hecatombe na forma de assistir tevê. O internauta faz a assinatura mensal no valor de US$ 8 (R$ 19,20) e tem a possibilidade de gravar um programa por vez, até o limite de 20 horas de armazenamento. Até o momento, os serviços da Aereo já estão disponíveis em 26 cidades do país, incluindo Nova York, Boston, Washington, Filadélfia e Dallas. Em outubro, o Wall Street Journal informou que somente em Nova Iorque já seriam de 90 mil a 135 mil assinantes. Diante do risco da acentuada queda de audiência e de recursos publicitários, as poderosas corporações alegam que a Aereo rouba o sinal e infringe direitos autorais.
Na titânica batalha jurídica em curso, a inovadora empresa até agora tem levado a melhor. Segundo informa João da Paz, “a Suprema Corte vai dar continuidade ao caso julgado na Segunda Corte de Apelação de Nova York, em abril de 2013, cujo resultado foi favorável à Aereo. Os juízes de Nova York entenderam que o serviço prestado pela empresa é legal. O criador e diretor-executivo da Aereo, Chet Kanojia, de 43 anos, disse em comunicado após essa decisão que ‘esperamos apresentar nosso argumento na Suprema Corte, certos de que o mérito do caso irá prevalecer’”.
A empresa conta com um trunfo nesta batalha. O magnata da comunicação Barry Diller, ex-diretor da Paramount e da Fox, decidiu apostar no negócio inovador. Ele hoje comanda a empresa de internet InterActive Corporation e tem uma fortuna calculada em US$ 2,8 bilhões. “Diller é um dos principais investidores da Aereo.
Neste mês, mesmo em meio a esse tumulto, ele conseguiu atrair US$ 34 milhões para financiar a expansão da empresa. ‘Passamos por três julgamentos em 2013 e em todos eles as Cortes Distritais decidiram que o nosso negócio é perfeitamente legal’… Ele calcula que o Aereo poderia ter entre 10 milhões e 20 milhões de assinantes se pudesse operar amplamente, sem restrições”.
A batalha, porém, será prolongada e sangrenta. “As quatro emissoras agem agressivamente contra Aereo. A CBS é bem enfática sobre o assunto e se posicionou de forma direta em comunicado. ‘Nós acreditamos que o modelo de negócios da Aereo é alicerçado em roubo de conteúdo’, diz a emissora de maior audiência dos EUA. A Fox se mostrou mais radical, ameaçando ir para a TV por assinatura se a Aereo vencer na Suprema Corte. Quem também comprou a briga das emissoras, e adotou um tom tão agressivo quanto, foram as ligas esportivas NFL (futebol americano) e MLB (beisebol). Ambas têm acordos bilionários com os canais abertos e divulgaram nota afirmando que vitória da Aereo vai prejudicar os negócios”.
As quatro redes inclusive já trabalham com um plano B para a hipótese da Aereo vencer a batalha jurídica. Elas planejam mudar a forma como emitem seus sinais, com o objetivo de impedir que as antenas da Aereo os captem. “Outro problema para os canais abertos, se derrotados na Suprema Corte, será lidar com as operadoras de TV por assinatura, que pagam preços altos para ter NBC, ABC, Fox e CBS em seus pacotes. A decisão judicial a favor da Aereo pode mudar esse tipo de negócio”. O clima é de guerra nas tevês abertas dos EUA.
A inovação da Aereo, mais um fruto da revolução informacional promovida pela internet, coloca em perigo o modelo de negócios das poderosas redes que exploram as concessões públicas de televisão. Caso vingue nos EUA, a experiência rapidamente deverá se espalhar pelo mundo – atingindo, também, o Brasil. Desta forma, mais uma vez a internet ameaçará o império da TV Globo e outras emissoras da tevê aberta!
Altamiro Borges, é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro

sábado, 25 de janeiro de 2014

Entenda a crise econômica e política na Argentina

   Peso argentino desabou 11% no dia 23, na maior queda diária desde 2002.
Especialistas veem falta de credibilidade e modelo Kirchner como culpados.
Darlan Alvarenga e Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo



 

A forte desvalorização do peso nos últimos dias levantou ainda mais dúvidas sobre a situação econômica da Argentina, que tem se agravado nos últimos meses com a disparada da inflação e a redução drástica das reservas internacionais. Apesar de ter avançado em alguns aspectos sociais, o governo de Cristina Kirchner não conseguiu, até o momento, reverter a derrocada financeira nem resgatar a confiança dos investidores, ainda traumatizados pelo megacalote de 2001. No quadro político, a presidente tem perdido popularidade. A derrota do seu partido nas eleições legislativas de 2012 aponta que a sucessão presidencial em 2015 está comprometida.
O G1 ouviu diversos especialistas das áreas de economia e política para entender a origem da crise econômica argentina, avaliar as políticas do atual governo e traçar um panorama do que pode acontecer com o vizinho brasileiro nos próximos meses.
header_argentina_crise_1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Em 2001, a Argentina anunciou um megacalote em sua dívida pública, de cerca de US$ 100 bilhões, em meio a uma grave crise econômica e política. A decisão abalou a confiança dos investidores e afastou empresas estrangeiras, fazendo o país ter dificuldades para conseguir dólares. A economia perdeu competitividade, e a entrada de moeda via exportações também caiu.
Com isso, a Argentina não consegue mais financiar as suas contas externas, e o volume de reservas internacionais – espécie de "poupança" em moeda estrangeira contra crises – vem caindo. Neste início de ano, o volume dessas reservas, que era de US$ 43 bilhões há 1 ano, caiu para menos de US$ 30 bilhões. As reservas internacionais brasileiras, para efeitos de comparação, somam mais de US$ 370 bilhões.
Em 2005, no governo de Nestor Kirchner, o país tentou recuperar credibilidade oferecendo a quem tinha sido prejudicado pelo calote pagamentos com descontos acima de 70%, a serem feitos em 30 anos. Mais de 90% dos credores aceitaram a proposta do governo, mas ações de quem rejeitou o acordo ainda correm em tribunais internacionais.
"De certa forma, a crise de 2001 nunca foi resolvida totalmente, pois parte dos credores não aceitou o calote e foi para a Justiça, o que impede até hoje o país de levantar fundos internacionais de ajuda", afirma Carlos Stempniewski, economista e professor de Comércio Exterior das Faculdades Rio Branco.
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header_argentina_crise_2 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Para tentar mudar a situação, o governo adotou diversas medidas que restringem a saída de dólares do país: aumentou impostos sobre gastos no cartão de crédito no exterior, passou a exigir aprovação do banco central para compra de dólar para turismo e impôs restrições ao comércio online.
Com a falta de dólares no mercado, a cotação disparou. Em 23 de janeiro, o peso argentino desabou 11%, a oito pesos por dólar, na maior queda diária desde a crise de 2002. Fora do mercado oficial, no paralelo – que escapa às muitas restrições do governo –, a cotação está ainda mais alta: era de 10 pesos por dólar, tendo se popularizado a expressão "dólar Messi", em referência ao número da camisa do jogador, e já passou a ser negociada por 13 pesos.
A falta de confiança no sistema financeiro do país é enorme, e a "poupança" dos argentinos passou a ser juntar e guardar dólares em casa, o que faz a moeda disparar ainda mais, para desespero do governo. "O que aconteceu foi uma rendição à realidade. O governo que dizia o tempo todo que não iria desvalorizar o câmbio. Na prática, começou a ceder", diz Leonardo Trevisan, que é professor de economia internacional da PUC São Paulo.
"Restou pouco espaço para mágica. Não tem mais o que proibir. Já proibiram tudo por lá. Chegaram ao ápice de controlar até as compras online", diz Carlos Stempniewski. "Pode-se prever mais desvalorização e mais turbulência. É um cenário preocupante que vai exigir remédios amargos que governos populistas resistem a aplicar", completa o economista.
As medidas afetam, além da população, também as empresas argentinas. Para evitar que a balança comercial fique negativa – quando a importação é maior que a exportação –, quem quiser importar precisa compensar com uma exportação no mesmo valor. Há empresas de peças de automóveis, por exemplo, exportando vinhos. Essa política, no entanto, também é responsável por reduzir ainda mais a confiança dos investidores estrangeiros, que se afastam do país e não colocam dólares para dentro da fronteira.
Na sexta-feira, 24 de janeiro, o governo argentino anunciou um relaxamento das medidas de controle e disse que
permitirá a compra de divisas estrangeiras pela população para posse e economia. A medida, no entanto, pode ter pouco efeito, visto que os dólares têm sido escassos no país.
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header_argentina_crise_3 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A economia pouco competitiva também levou às alturas a taxa de inflação. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec), órgão oficial do governo, a inflação terminou 2013 em 10,9%. Há suspeitas, no entanto, de que os números têm sido maquiados. Segundo as principais consultorias independentes argentinas, a inflação anual foi de pelo menos 28%.
"Nem o governo acredita nesse índice. A maior prova são os aumentos salariais para os sindicatos amigos. Os caminhoneiros, por exemplo, receberam em outubro reajuste de 25%", afirma o professor Leonardo Trevisan, lembrando que os indícios de maquiagem nos dados oficiais levou a revista "The Economist" a excluir os números do governo argentino das suas publicações.
O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu no início de 2013 uma
declaração de censura contra a Argentina por considerar insuficiente a melhoria de qualidade dos dados oficiais do país, pedida pelo fundo desde setembro de 2012.
Em junho do ano passado,
os preços de 500 produtos foram congelados e tabelados como tentativa de controlar a crescente inflação. Grande exportadora histórica de commodities, a Argentina está importando produtos básicos para conter a alta de preços. Recentemente, o país anunciou que iria comprar tomates do Brasil.
"O dólar não pode ter um valor que o governo imagina que ele tem. Mas se deixar o câmbio livre, a pressão inflacionária será ainda mais forte. Como o governo não quer mudar o modelo econômico, ele cede um pouco no câmbio e aperta do outro lado, como acaba de fazer ao restringir as compras online", afirma Leonardo Trevisan.
header_argentina_crise_4 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Leonardo Trevisan, da PUC, explica que, mesmo com uma economia pouco industrializada e baseada na exportação de carne, soja e trigo, a Argentina conseguiu de fato uma melhora nos primeiros anos após a moratória. "Apesar da forte pressão contra a classe média, que compra cada vez menos, de fato há hoje uma distribuição de renda muito mais significativa. Quase 12% dos argentinos muito pobres deixaram a linha de pobreza desde 2004. Mas este tipo de modelo cobra o seu preço, basta ver o que acontece no setor de energia", afirma o professor, citando os recentes blecautes. "Há 25 anos não se constrói nenhuma nova usina de geração de energia na Argentina".
"A família Kirchner entrou pisando no acelerador e a forte demanda externa por commodities ajudou muito a encobrir os problemas. Mas aí veio a crise financeira de 2008, 2009, a China passou a comprar menos, o dólar ganhou força no mercado internacional e agora a conta está chegando", afirma o economista Celso Toledo, da LCA, em referência ao período entre 2004 e 2007, com o presidente Néstor Kirchner, marcado por taxa de crescimento acima de 6% e crescimento das reservas internacionais.
"O fato concreto é que a Argentina não possui uma estrutura produtiva diversa e competitiva capaz de gerar superávits na conta corrente do país (quando há mais dinheiro entrando no país do que saindo)", avalia Cristina Helena Pinto de Mello, professora de Economia da ESPM.
Além da falta de investimento e da dificuldade de atrair capital estrangeiro, analistas apontam uma regressão institucional no país. "O que está faltando na Argentina são instituições sólidas e confiáveis, e regras confiáveis. É o único país do mundo de renda média baixa que faz maquiagem de dados econômicos", afirma Rodrigo Zeidan, professor de economia e finanças da Fundação Dom Cabral.
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header_argentina_crise_5 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A situação do governo Kirchner se complicou em outubro de 2012. Cristina, que já enfrentava uma oposição mais forte, com diversas críticas ao seu governo, sofreu um revés nas eleições legislativas, quando sua coalizão perdeu nos principais distritos – apesar de manter a maioria no Congresso.
"Com o resultado, o governo não tem maioria parlamentar que permita uma reforma para a reeleição de Cristina pela segunda vez. Com isso, ela encerra sua presidência em 2015", diz Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp.
A ausência da presidente na campanha, as dúvidas sobre seu verdadeiro estado de saúde – ela ficou afastada para uma cirurgia de drenagem de um hematoma cerebral –, as incertezas sobre a economia do país e o medo da violência pesaram na hora do voto, fazendo do pleito para legisladores uma prévia das eleições presidenciais de 2015.
Cristina retomou seus compromissos semanas após a eleição, em 18 de dezembro de 2013. Na data,
anunciou novos ministros da Economia e da Agricultura – medida que surpreendeu a imprensa local.
"Ela fez uma reforma ministerial importante. Colocou pessoas de confiança, mas que tem independência, voo próprio. O kirchnerismo tem uma forte influência do presidente nas decisões cotidianas. Agora ela nomeou pessoas com maior capacidade de gestão e mais independentes", explicou o professor Luis Fernando Ayerbe.
header_argentina_crise_ (Foto: Editoria de Arte/G1)
Logo após a reforma ministerial, Cristina saiu de cena e ficou mais de um mês sem aparições públicas – um contraste com a personalidade midiática e a agenda de intensas atividades. No período, passou férias em sua casa em El Calafate, no sul do país, e fez despachos internos na Casa Rosada.
Marcos Castrioto de Azambuja, que já foi embaixador do Brasil na Argentina e na França e é membro do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), acha que a mudança de perfil se deve a uma consciência de Cristina de que o modelo utilizado por ela se esgotou.
"Como ela estava jogando não estava dando certo. Sua popularidade está caindo. Ela teve um susto relacionado à saúde, um problema que podia ser muito sério, deu a ela a ideia da precariedade das coisas", disse. “É um problema de quem vive um fim de festa, fim de feira. O mundo vai pior hoje do que nos anos iniciais do Néstor Kirchner, quando os países de commodities tiveram seu mercado imensamente ampliado. Hoje há uma diminuição real da capacidade de crescer".
A falta de credibilidade do governo também tem influência no posicionamento da presidente. Segundo o embaixador, a Argentina cometeu "um pecado muito grave da mentira sistemática dos números da economia". "Ninguém acredita no que sai da boca dela [Cristina]. Há uma presunção de que tudo é uma mentira. Agora ela se deu conta que tem menos tempo, menos prestígio e menos pano de onde cortar. O que faz ela sobreviver é que na Argentina não há alternativa ao peronismo", afirmou.
Para o professor Ayerbe, tanto a saída de cena quanto a reforma ministerial evidenciaram a necessidade da presidente de focar na sucessão. "A situação está difícil para o kirchnerismo. Para o governo agora a questão é viabilizar uma candidatura própria, apesar dos percalços econômicos".
header_argentina_crise_7 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Os problemas, para o embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Faap, criam um clima perturbador no país. "A Argentina talvez seja o país da América do Sul em que haja mais chance da vitória da oposição – se bem que os dois principais candidatos saíram mais ou menos do setor que era anteriormente do governo" explica. "A derrota do governo é muito forte, e sem dúvida o novo presidente vai herdar uma situação difícil".
Os dois principais nomes da oposição são Sergio Massa, ex-prefeito de Tigre e deputado eleito pela província de Buenos Aires, e Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires que já lançou sua candidatura à presidência para 2015.
Os analistas concordam que Cristina enfrenta sérias dificuldades para ter um sucessor com chances de vitória. Deste modo, a oposição tem amplas chances, apesar de não haver nenhum candidato com grande promessa de renovação.
"A ideia geral é que o kirchnerismo sai em 2015. Eles não têm um candidato que seja viável eleitoralmente. Isso só seria possível se a situação estivesse muito boa, como foi o caso de Lula e Dilma no Brasil em 2010. Para construir um candidato viável, é preciso gerar melhoras. E esse ano vai ser um ano de baixo crescimento", explica o professor Luis Fernando Ayerbe.
Para o embaixador Azambuja, o que faz Cristina ter sobrevivido aos últimos anos é que na Argentina não há alternativa política ao peronismo – corrente da qual ela é a mais recente "encarnação". Além disso, a crise nos setores populares tem sido menor que nos médios e altos. "O peronismo é uma grande ameba, governa às vezes para a esquerda, às vezes para a direita, mas é a força motriz da Argentina. Não há como escapar desta grande ameba que vai mudando de forma, que reúne nacionalismo, populismo e estadismo com doses maciças de corrupção".
"As diversas modalidades de peronismo são muito poderosas. Não se viu até hoje uma força verdadeiramente independente do peronismo", afirma o embaixador Ricupero. Para ele, mesmo com uma derrota nas próximas eleições, o kirchnerismo não deve ser visto como derrotado. "A Cristina já tem um certo esquema de sucessão, com seu filho, com a juventude. É difícil imaginar que o kirchnerismo desapareça".
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header_argentina_crise_8 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Quando Cristina conseguiu voltar do afastamento médico e realizou a mudança inesperada de gabinete – que levou o foco do país novamente para as iniciativas presidenciais – novos problemas surgiram, criando uma sensação de crise. Um deles foi a greve de policiais, que resultou em protestos da categoria e saques generalizados no interior do país. Pelo menos nove pessoas morreram em enfrentamentos. 
"Ela estava saindo da doença, tinha nomeado o novo gabinete, era uma fase que aparecia como de retomada, e acontece algo assim, que cria um clima de insegurança. Ficou mal para ela", analisa o professor Ayerbe.
O embaixador Ricupero, entretanto, lembra que graves protestos e saques não são inéditos na Argentina, apesar da gravidade da situação. "As pessoas se alarmam muito quando isso acontece, mas talvez em outro país fosse um sinal muito mais grave. Evidentemente é grave, mostra uma deterioração muito séria da coesão nacional, da capacidade dos governos de controlar o que está acontecendo. Mas é um fato que se repete há muito tempo", explicou.
Para o embaixador Azambuja, é preciso lembrar que o descontentamento na Argentina é um estado permanente. "A Argentina é um país de insatisfeitos, há uma sensação de que perdeu o bonde da historia, uma irritabilidade, uma frustração. Você tem essas greves todas, mas como não há caminho, não há alternativas".
header_argentina_crise_9 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desde 2009, o governo argentino e o grupo de comunicação Clarín estão em uma batalha judicial para a colocação em vigor da Lei de Meios, que obriga a empresa a se desfazer de várias de suas posses. No fim de 2013, a Suprema Corte da Argentina declarou a lei constitucional.
O jornal, que já fazia oposição ao governo Kirchner, passou a viver praticamente em guerra com a presidente durante os anos de brigas judiciais. Para os especialistas, entretanto, a parte mais grave da disputa já passou, e não deve influenciar o governo no futuro próximo.
"Há muita controvérsia com a Lei de Meios, mas quando ela foi apresentada passou tranquilamente, foi aprovada sem problemas. Quando começou a se caracterizar esse conflito, começou a se associar que ela era para prejudicar o grupo Clarín, criou-se a polêmica, a lei foi contaminada", explica o professor Luis Fernando Ayerbe. "Mas isso agora terminou. O grupo está fazendo um ajuste, o governo vai aprovar, e o conflito não deve ser mais tão grave, apesar de o Clarín continuar na oposição".
header_argentina_crise_10 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A forte desvalorização do peso argentino nos últimos dias é um indicativo de esgotamento do modelo econômico e da série de medidas lançadas pelo governo de Cristina Kirchner. Para os especialistas ouvidos pelo G1, a situação pode estar perto de entrar em um caminho sem volta, de consequências preocupantes.
Ainda que o cenário atual seja o resultado do acúmulo de crises e de problemas antigos não resolvidos, os analistas destacam que a situação das reservas internacionais se agravou no  comando de Cristina, quando as receitas com exportações deixaram de ser suficientes para garantir o equilíbrio das contas.
"O conjunto da obra é até pior do que o de 2001. A dinâmica inflacionária, no nível em que está, só se rompe com um choque, não tem choro nem vela. Eu diria que a chance de ter uma recessão daquelas em que o PIB cai 4% nos próximos anos é de quase 80%", diz o economista Celso Toledo, da LCA. "O triste é que já aconteceu com eles. Historicamente, todos os males da Argentina são iguais aos do Brasil, mas um pouco piores. Do governo militar ao plano de estabilização".
A receita econômica para situações como a da Argentina costuma, invariavelmente, incluir a adoção de medidas como desvalorização cambial, mudanças tributárias, aumento na taxa de juros e controle dos gastos públicos. "A Argentina pode dar a volta por cima, basta seguir a cartilha. Vai doer, mas olha o que está acontecendo com países como Grécia e Portugal", diz Rodrigo Zeidan, da Fundação Dom Cabral.
Para os analistas, entretanto, o cenário político com vista às eleições presidenciais de 2015 continuará se impondo, com poucas chances de uma mudança de rota na política econômica no curto prazo. Para eles, caso o cenário internacional não se altere muito, a tendência é que a crise não melhore nem se intensifique.
Para o embaixador Rubens Ricupero, a atual realidade lembra crises do passado, mas sem tanta gravidade. "Não há perspectiva de melhora econômica e política. Há fatores que podem complicar a situação, como o julgamento sobre a dívida externa argentina. O tempo vai se esgotando, a situação é grave, mas ainda não se chegou a um colapso do sistema, como já ocorreu antes".
Para o professor Luis Fernando Ayerbe, há um consenso até mesmo na oposição de que a situação não vai piorar – mas grandes mudanças também não são esperadas. "O governo não vai gerar uma alternativa que melhore a situação econômica. O que se discute é levar as coisas até o final do mandato".
A capacidade de flutuação do país, de conseguir manter-se entre diversas crises, é lembrada por Azambuja. "A Argentina surpreende pelo que não conseguiu fazer, por não ter aproveitado oportunidades extraordinárias. É intrinsecamente um país rico. O que surpreende não é que ela vá mal, mas como ela não consegue ir bem. O país não seguirá muito bem, mas não se prepare para nenhum colapso. Não devemos subestimar a Argentina".

terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Argentina passa a ter a maior carga tributária da América Latina
Paulo Silva Pinto
Publicação: 21/01/2014 06:00 Atualização: 21/01/2014 07:29
 A Argentina passou a ter a maior carga tributária da América Latina e Caribe, ocupando o lugar que até o ano passado pertencia ao Brasil, segundo estudo apresentado ontem pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A receita do setor público na Argentina em 2012, ano base do estudo, foi de 37,3% do Produto Interno Bruto (PIB), aumento de 2,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior. No caso do Brasil, a fatia dos impostos e contribuições foi de 36,3% do PIB, com 1,4 ponto de elevação sobre 2011.

Os dois países têm carga de tributos superior até mesmo à média dos integrantes da OCDE, de 34,6%. A organização reúne os países mais ricos do mundo. Na América Latina, o único membro é o México, que tem o índice mais baixo do grupo: 19,6%. O mais alto é o da Dinamarca, com 48%.

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributos (IBPT), João Eloi Olenike, o Brasil fica em 12º lugar no ranking mundial da fatia dos tributos em relação ao PIB. "Os países com um índice maior do que o brasileiro são muito desenvolvidos e oferecem serviços públicos de grande qualidade", explicou.

Para Olenike, o novo estudo da OCDE surpreende pela elevação da carga na Argentina. “É consequência dos desmandos do atual governo do país, que está arrochando as empresas. Nem mesmo no Brasil se conseguiu elevar tanto os impostos em tão pouco tempo", relatou.

REFORMA A carga brasileira era de 22% no início do governo Sarney, em 1985, e desde então veio crescendo constantemente. Além do alto custo dos tributos, há críticas à complexidade do sistema, com 63 impostos e contribuições. "É possível fazer uma reforma tributária. Basta ter vontade política", afirmou Olenike.
A carga de impostos aumentou em 2012 em 14 dos 18 países da América Latina que integram o estudo, atingindo a média de 20,7%. Houve queda em apenas quatro países: Chile, Guatemala, México e Uruguai.

ONU revê PIB

A Organização das Nações Unidas (ONU) revê o crescimento do Brasil para baixo e o país é o que mais sofre um corte nas projeções de expansão do PIB para 2014 e 2015 divulgadas pelo organismo. De acordo com a ONU, a economia nacional deve crescer 3% e 4,2% neste ano e no próximo ante estimativa anterior de 4,5% e 5,6%, respectivamente. A entidade faz outro alerta: o déficit brasileiro pode ser um obstáculo para o crescimento nos próximos anos e revela que no período entre 2005 e 2012, o Brasil registrou um dos desempenhos mais fracos entre todos os emergentes, de 3,6%.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Dilma rejeita dar mais um ministério ao PMDB
 


NATUZA NERY
TAI NALON
DE BRASÍLIA
 
 
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A presidente Dilma Rousseff iniciou na segunda-feira (13) as negociações para a reforma no primeiro escalão do governo com uma sinalização negativa ao PMDB: será difícil ampliar o espaço do partido na Esplanada. Em conversa de mais de duas horas com vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), ela confidenciou que precisa contemplar com cargos outros partidos da coalizão que estariam hoje sub-representados no Executivo, caso do PTB e do recém-criado Pros.
A presidente quer aproveitar a saída de vários ministros que irão concorrer nas próximas eleições para contemplar os partidos da base. Por exemplo, na Saúde o ministro Alexandre Padilha irá deixar o posto para concorrer ao governo de São Paulo. Na Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT) também sairá para disputar a eleição no Paraná.
A Esplanada tem hoje 39 ministérios ou pastas com cargos cujos ocupantes têm o status de ministro.
Conquistar uma sexta vaga, em particular a da Integração, era o objetivo declarado do PMDB.
O ministério era ocupado por Fernando Bezerra (PSB), que entregou o cargo no ano passado depois que Eduardo Campos anunciou o desembarque de seu partido do governo para ficar à vontade nas negociações políticas de sua candidatura.
No Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, peemedebistas aguardavam na segunda-feira a chegada de Temer interessados em informações da reforma ministerial.
Ouviram do vice um relato de poucos detalhes, mas suficientemente claro no principal: Dilma precisará usar alguns dos principais cargos para evitar que outras legendas que hoje estão na órbita do governo passem a gravitar em torno dos adversários Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE), prováveis adversários nas eleições deste ano e ambos com muito pouco tempo de TV.
Nos cálculos internos, Dilma quer chegar a ter mais do que 50% dos minutos destinados à propaganda eleitoral em relação aos oponentes. Essa meta depende do sucesso da reforma e do grau de satisfação na base na distribuição de postos na administração federal.
No PMDB, legenda conhecida pelo apetite por cargos, o aceno pessimista da presidente não deve ficar sem resposta.
Ao saber do resultado da conversa preliminar, o líder da bancada peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), propôs a convocação de uma reunião da cúpula do partido para a noite de quarta-feira com o objetivo de discutir como se posicionar.
Dilma deve usar ainda esta semana para continuar as tratativas com outros partidos. Falta dar uma resposta ao Pros do governador cearense Cid Gomes (CE), aliado de primeira hora antes, durante e depois do desembarque do PSB do governo.
O PTB e o PP também deverão receber resposta para seus pleitos nesta semana. Além da Integração Nacional, o Planalto estuda alocá-los em pastas de menor vulto na Esplanada, como Turismo, no caso de o PMDB abocanhar outro ministério, ou mesmo Portos e Cidades.
O plano do Palácio do Planalto é acelerar a reforma nos primeiros dias de fevereiro, quando Dilma retorna de uma série de compromissos internacionais para focar na transição de suas pastas.
Dilma ouviu mais de uma vez de Temer, entretanto, que fazer as mudanças durante o recesso parlamentar protegeria o governo de eventuais crises com o Congresso na retomada de seus trabalhos, em fevereiro.


Editoria de Arte/Folhapress

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (10-01-2014 - SEXTA-FEIRA    

10 de janeiro de 2014

O Estado de S. Paulo


Manchete: Planalto se blinda e lança plano contra crise em prisão
Ministro da Justiça vai ao Maranhão, dá apoio a Roseana Sarney e tenta esvaziar pedido de intervenção no Estado

Preocupada com os efeitos da crise de segurança no Maranhão, a presidente Dilma Rousseff pôs em prática uma estratégia para blindar o Planalto, esvaziar o possível pedido judicial de intervenção federal no Estado e manter o apoio da família Sarney à sua campanha pela reeleição, informam Vera Rosa e Felipe Recondo. Dilma enviou a São Luís o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que se reuniu com a governadora Roseana Sarney para garantir o aval do Planalto a tudo o que a aliada precisar. Ele anunciou um pacote anti-crise, que tem como ponto principal a criação de comitê gestor unindo Executivo estadual e federal, Legislativo e Judiciário. O pedido de intervenção no Maranhão, após a morte de 62 detentos no presídio de Pedrinhas, está pronto. Agora, o procurador-geral Rodrigo Janot avalia qual o melhor momento para enviá-lo ao STF. Roseana renunciará em abril para concorrer ao Senado e tentar garantir a permanência da família no poder. (Págs. 1 e Metrópole A13 a A15)

Preso relata violência da tropa federal

Por celular, de dentro do presídio de Pedrinhas, um detento relatou ao repórter Artur Rodrigues a violência sistemática por parte da tropa federal, que chegou à penitenciária em outubro após uma rebelião. “Desde que a Força Nacional chegou a gente vem sendo agredido. Estão atirando direto com bala de borracha. Tratam a gente feito animais", disse. A Justiça investigará a denúncia. (Págs. 1 e A14)

Bovespa fecha no menor nível desde agosto; dólar sobe
A Bovespa fechou ontem a 49.321 pontos, o menor nível desde 29 de agosto de 2013. A queda foi de 2,48%, com perda acumulada de 4,24% no ano. O dia foi de baixa nas principais bolsas de valores do mundo, mas no Brasil foi mais acentuada. Na avaliação de analistas, o desempenho é reflexo da desconfiança dos investidores com o desempenho da economia. O dólar fechou cotado a R$ 2,397 (alta de 0,29%), o maior valor desde agosto. (Págs. 1 e Economia B3)
Governo tenta mudar controle da ALL ferrovia
O governo articula mudar os controladores da ALL por considerar que a atual gestão da companhia ferroviária pode comprometer o escoamento da safra de grãos, informa Mônica Scaramuzzo. Hoje o BNDES reúne-se com a Cosan, que em 2012 fez, sem sucesso, proposta para entrar no controle da ALL, para saber se ela está disposta a integrar o comando da empresa. (Págs. 1 e Economia B1)
Aliados de Dilma disputam ministérios
O PMDB e PP-PROS disputam espaço na reforma ministerial que a presidente Dilma promoverá. Eles querem garantir mais recursos financeiros às bases eleitorais para conquistar um maior número de parlamentares. (Págs. 1 e Política A4)
Homem-bomba mata 23 recrutas iraquianos (Págs. 1 e Internacional A10)


Pedro Henry começa a trabalhar fora de prisão (Págs. 1 e Política A9)


Dora Kramer: Contrário senso
Seja de imediato ou não, o deputado João Paulo Cunha será preso. A prisão dos mensaleiros contrariou as expectativas iniciais da população. (Págs. 1 e Política A8)
Notas & Informações: O PT volta a se mostrar
Além do strip-tease de sua alma, o PT cometeu o erro de tratar Eduardo Campos como inimigo. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense


Manchete: Aprovação na UnB fica mais difícil com Enem
A estreia da Universidade de Brasília no Sistema de Seleção Unificada aumentou a visibilidade da instituição e despertou o interesse de estudantes de outros estados. Como consequência, os brasilienses enfrentam maior concorrência pelas vagas. No curso de medicina, por exemplo, a UnB registra a segunda maior nota de corte do país: a disputa tem hoje 135,10 candidatos por vaga. O prazo final para inscrição no Sisu termina hoje à noite. (Págs. 1 e 23)
Maranhão é só promessas
O iminente pedido de intervenção federal no estado, governado por aliados políticos do Planalto, levou o ministro da Justiça a São Luís para discutir a crise nos presídios e as medidas contra a violência. (Págs. 1, 6, 7, Colunas Nas Entrelinhas 4 e Brasília-DF, 5)
Ministros saem para reforma na Venezuela
Em meio a uma grave crise na segurança pública, o presidente Nicolás Maduro vai mudar todo o gabinete de governo. (Págs. 1 e 14)
O risco ronda Vicente Pires
Levantamento mostra que a região tem mais de 150 áreas consideradas perigosas. Lista traz todo tipo de problema, que vai de casas ameaçadas por enxurradas a crateras nas principais vias de acesso. O GDF diz que obras dependem de contrato com o Ministério das Cidades. (Págs. 1 e 20)
Fotolegenda: Voo para lições made in USA
Mais de 500 professores e 37 estudantes, entre eles os brasilienses Erivelton e Paloma, embarcam rumo aos EUA para intercâmbio cultural de três semanas. (Págs. 1 e 22)
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Estado de Minas


Manchete: Acidentes diminuem, mas... A morte acelera nas BRs
Enquanto os processos para duplicação de rodovias como a 381 e a 040 se arrastam, o número de óbitos causados por acidentes nas estradas federais de Minas em 2013 aumentou 5% em relação aos 1.196 registrados no ano anterior. A estatística alarmante está na contramão da queda de 2% no total de acidentes e de 2,8% no de feridos.

Além das más condições das vias, a violência dos desastres é, segundo especialistas, consequência da imprudência e da falta de “sensação de perigo” dos motoristas, confiantes de que itens como airbags e freios ABS garantiriam a segurança mesmo em excesso de velocidade. Para esses estudiosos, o fundamental é mudar a mentalidade dos condutores. (Págs. 1 e 17)

Violência extrema: Assassinos do casal de advogados confessam também ter estuprado a mulher
A brutalidade da morte a sangue-frio de Alexandre Werneck, de 46 anos, e da namorada, Lívia Viggiano, de 39, durante passeio na Serra do Cipó, foi revelada pelos acusados. Marcos Magno Peixoto Faria, de 25 anos, e Helton Moreira de Castro, de 19, ainda contaram terem ambos violentado Lívia. Está sendo investigada a participação de uma terceira pessoa e qual seria o destino da caminhonete de Alexandre, incendiada depois que os criminosos não conseguiram ligá-la.

Exames de DNA determinarão se corpos encontrados na estrada entre Sabará e Caeté são dos namorados Jardel Madeira, de 35 anos, e Sandra Pompermayer, de 38, desaparecidos desde o dia 29. (Págs. 1, 20 e o Editorial ‘As lições da Serra do Cipó’, 6)

Pressão no STF para prender mensaleiro
Ministros do Supremo defendem agilidade da Corte para expedir mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). (Págs. 1 e 3)
Aécio critica atrasos em obras federais
Para o senador, conclusão de intervenções como a reforma de Confins é lenta. Em BH, ele apresentou o cronograma do PSDB para as eleições. (Págs. 1 e 4)
Maranhão: Conselho cobra agilidade para conter violência (Págs. 1, 8 e 9)


Aeroportos: Confins vai ser entregue mais cedo a consórcio (Págs. 1 e 13)


Sisu/Enem: Minas é líder em cursos de maior nota de corte (Págs. 1 e 19)


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Jornal do Commercio


Manchete: Gravações comprovam o toma-lá-dá-cá em Caruaru
JC tem acesso ao processo que transcreve gravações da Polícia Civil feitas com 10 vereadores acusados de pedir propina para aprovar projetos do Executivo. Prefeito e secretário são considerados vítimas. Um vereador voltou a ser preso. (Págs. 1 e 5)
Choque mata garoto em Paulista
Ênio de Brito, 11 anos, natural de Itapetim, passava as férias na casa da tia, no Loteamento Conceição, Pau Amarelo, quando pisou num fio elétrico caído na rua. Área técnica da Celpe vai apurar causa do acidente. (Págs. 1 e Cidades 3)
Recife reduz em 24% total de homicídios
Balanço do Pacto pela Vida mostra evolução positiva entre 2012 e 2013 na capital. No Estado, queda foi menor. (Págs. 1 e Cidades 2)
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Zero Hora


Manchete: Investigada fraude em obras públicas de R$ 12 milhões
Empresários, funcionários públicos e diretores de duas secretarias estaduais são alvo de apuração sobre esquema especializado em superfaturar contratos,como de reformas em escolas. (Págs. 1, 4, 5 e 10, Rosane de Oliveira)
Fotolegenda: Fidel ressurge
Recluso desde abril do ano passado, ex-ditador cubano de 87 anos participou de vernissage em Havana, na quarta-feira. (Págs. 1 e 26)
E segue o efeito Copa: Passagens quatro vezes mais caras
Companhias mantêm preços superiores no Mundial,comparados a meses anteriores. (Págs. 1 e 18)
Mutirão: Cruzada na UFRGS para salvar acervo
Cano rompido na maior das 33 bibliotecas da universidade ameaça pelo menos 18 mil livros. (Págs. 1 e 30)
Agropecuária: Sobra crédito para produção sustentável
Programa ABC, que estimula redução de emissões de carbono, ainda é pouco conhecido. (Págs. 1 e Caderno Campo e Lavoura)
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Brasil Econômico


Manchete: Supersafra não garante queda de preços no ano
Só o feijão preto deverá ter um aumento de 40% na produção. Os reflexos na inflação, entretanto, não são garantidos, pois os preços dependem do mercado externo e das condições climáticas. No caso da soja, a expectativa é de que a safra chegue a 90 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 10% em relação ao que foi produzido no ano passado. (Págs. 1 e 7)
Petróleo: HRT anuncia produção para driblar crise
Em meio a uma disputa interna, a empresa divulgou ontem que está assumindo a operação do campo de Polvo, o primeiro da petroleir Conselheiros e a direção trocam acusações sobre gestão da companhia. (Págs. 1 e 14)
Mosaico político: Livro revela as artimanhas do banqueiro Daniel Dantas para frear investigações (Págs. 1 e 2)


Inflação: Cesta básica subiu mais de 10% em 9 capitais brasileiras em 2013 (Págs. 1 e 5)


Eles desnudaram espionagem do FBI
Bonnie e John Raines integraram em 1971 o grupo de oito norte-americanos que roubou documentos para mostrar a perseguição a cidadãos dos Estados Unidos que lutavam pelo fim da guerra do Vietnã e pela igualdade de direitos para negros e brancos. (Págs. 1, 26 e 27)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014