As aprovadas no vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) raspam a sobrancelha, uma tradição que ganha cada vez mais adeptas no estado. Na manhã desta quinta-feira (12), na sede da Comissão de Processos Seletivos e Treinamentos (Covest), elas exibiam os adesivos curativos como troféu pela vitória no processo seletivo – o tão aguardado listão foi divulgado por volta das 10h. "A gente tem que raspar para completar a emoção", defende Sofia Holmes, de 17 anos, que passou em pscicologia. Cerca de 41 mil alunos disputaram as 6.492 vagas disponíveis no processo seletivo.
"Eu não dormi nada nessa noite e ainda não conseguia achar onde estava o listão do meu curso", conta Sofia. A mãe dela, Simone, foi quem encontrou e começou a chorar ao ver que a filha foi aprovada. "Foi difícil segurar a emoção, meus três filhos agora já estão na Federal", afirma Simone.
Os primeiros colocados foram anunciados pouco antes das 10h. Priscila Gama, primeira colocada geral, mal acreditou quando soube do resultado divulgado nesta quinta-feira (12). “Se fosse o sistema antigo, eu não teria ficado em primeiro. O Enem permite que a gente interprete as questões”, diz surpresa. Priscila, que tirou 8,708, vai abandonar psicologia para se dedicar à música. “Estudo música desde os sete anos de idade e meu instrumento é a flauta doce”, conta.
Primeiro colocado no vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), João Pedro Cavalcanti ficou com o terceiro lugar geral na UFPE, mas isso não o desanimou. “A alegria é grande do mesmo jeito. Eu devo ir para o Ita [Instituto Tecnológico da Aeronáutica], mas não diminui a alegria de ser aprovado na UFPE”, ressalta João Pedro.
Não foi só a primeira colocada, Priscila, que resolveu trocar de curso e conquistou uma nova vaga da UFPE. Felipe Tenório Mesquista estava já cursando engenharia da computação há um ano e meio, quando resolveu fazer medicina. Aprovado, fez questão de raspar a cabeça, mesmo não sendo seu primeiro vestibular. "Medicina é medicina", explica Felipe.
Também veterana no vestibular da UFPE, Marcela Pimentel raspou mais uma vez a sobrancelha e vestiu o jaleco, que ganhou um “doutora” na frente do nome para comemorar a aprovação em medicina. "Eu já fazia odontologia, mas queria mesmo medicina. É uma sensação fantástica", confessa Marcela, de 20 anos.
Ansiosa, Gabriele Tenório, aprovada para administração com 17 anos, não viu o próprio nome na lista. "Eu fui direto no G, mas da lista errada, e meu nome não estava lá. Quando vi na lista certa que estava aprovada... Foi muito mais que alívio, foi uma alegria enorme”, comemora Gabriele, que teve a sobrancelha raspada na mesma hora pela mãe. Para ajudar os meninos que queriam raspar a cabeça, uma equipe de cabeleireiros estava no local.
A alegria de Ana Karoline de Oliveira foi externada através de lágrimas. Aprovada em bacharelado em física, ela e a mãe não conseguiram controlar o choro. “É muita emoção, a gente luta o ano inteiro”, conta Ana. Quem também não aguentou foi Yasmin Brito, que tremia ao ver que, após três anos tentando, finalmente conseguira passar para direito. “Passei... Eu não acredito, passei”, dizia.
Celulares na mão, muitas pessoas ligavam para parentes e amigos para contar a novidade da aprovação. Com lágrimas nos olhos, Mariana Duarte, 17 anos, ligava para o irmão em Portugal para contar que passou em arquitetura. "Eu precisava falar com ele. Estou morrendo de saudades, ele já está longe há cinco meses", conta Mariana, que diz não ter fórmula mágica para passar no vestibular. "Tem que estudar, é o único jeito", acredita.
Muito se engana quem acha que a emoção era válida apenas para quem passou neste ano no vestibular. Julio Cesar Costa é ex-aluno do Colégio da Policia Militar e cursa a UFPE, mas foi conferir o resultado de outros amigos. “Fui o primeiro a ver que a Márcia [uma amiga que não estava lá] passou”, conta orgulhoso. Junto com outros amigos, eles fizeram do dia do listão uma verdadeira festa.
Mudanças
Pelo segundo ano consecutivo, o primeiro colocado do vestibular da UFPE foi um aluno de música. Alguns professores e alunos aproveitaram para questionar o reitor sobre as mudanças. A própria primeira colocada afirma que, pelo antigo sistema, nunca seria primeira colocada. “Nós vamos reavaliar e ver o que fazer para o próximo ano”, afirmou o reitor, Anísio Brasileiro, mas ressaltando que o modelo atual aprova os alunos pelo mérito. “A aprovação desses alunos foi resultado do esforço, do mérito de cada estudante. Quem não passou, não desista”, disse Anísio.
"Eu não dormi nada nessa noite e ainda não conseguia achar onde estava o listão do meu curso", conta Sofia. A mãe dela, Simone, foi quem encontrou e começou a chorar ao ver que a filha foi aprovada. "Foi difícil segurar a emoção, meus três filhos agora já estão na Federal", afirma Simone.
Os primeiros colocados foram anunciados pouco antes das 10h. Priscila Gama, primeira colocada geral, mal acreditou quando soube do resultado divulgado nesta quinta-feira (12). “Se fosse o sistema antigo, eu não teria ficado em primeiro. O Enem permite que a gente interprete as questões”, diz surpresa. Priscila, que tirou 8,708, vai abandonar psicologia para se dedicar à música. “Estudo música desde os sete anos de idade e meu instrumento é a flauta doce”, conta.
Primeiro colocado no vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), João Pedro Cavalcanti ficou com o terceiro lugar geral na UFPE, mas isso não o desanimou. “A alegria é grande do mesmo jeito. Eu devo ir para o Ita [Instituto Tecnológico da Aeronáutica], mas não diminui a alegria de ser aprovado na UFPE”, ressalta João Pedro.
Não foi só a primeira colocada, Priscila, que resolveu trocar de curso e conquistou uma nova vaga da UFPE. Felipe Tenório Mesquista estava já cursando engenharia da computação há um ano e meio, quando resolveu fazer medicina. Aprovado, fez questão de raspar a cabeça, mesmo não sendo seu primeiro vestibular. "Medicina é medicina", explica Felipe.
Também veterana no vestibular da UFPE, Marcela Pimentel raspou mais uma vez a sobrancelha e vestiu o jaleco, que ganhou um “doutora” na frente do nome para comemorar a aprovação em medicina. "Eu já fazia odontologia, mas queria mesmo medicina. É uma sensação fantástica", confessa Marcela, de 20 anos.
Ansiosa, Gabriele Tenório, aprovada para administração com 17 anos, não viu o próprio nome na lista. "Eu fui direto no G, mas da lista errada, e meu nome não estava lá. Quando vi na lista certa que estava aprovada... Foi muito mais que alívio, foi uma alegria enorme”, comemora Gabriele, que teve a sobrancelha raspada na mesma hora pela mãe. Para ajudar os meninos que queriam raspar a cabeça, uma equipe de cabeleireiros estava no local.
A alegria de Ana Karoline de Oliveira foi externada através de lágrimas. Aprovada em bacharelado em física, ela e a mãe não conseguiram controlar o choro. “É muita emoção, a gente luta o ano inteiro”, conta Ana. Quem também não aguentou foi Yasmin Brito, que tremia ao ver que, após três anos tentando, finalmente conseguira passar para direito. “Passei... Eu não acredito, passei”, dizia.
Celulares na mão, muitas pessoas ligavam para parentes e amigos para contar a novidade da aprovação. Com lágrimas nos olhos, Mariana Duarte, 17 anos, ligava para o irmão em Portugal para contar que passou em arquitetura. "Eu precisava falar com ele. Estou morrendo de saudades, ele já está longe há cinco meses", conta Mariana, que diz não ter fórmula mágica para passar no vestibular. "Tem que estudar, é o único jeito", acredita.
Muito se engana quem acha que a emoção era válida apenas para quem passou neste ano no vestibular. Julio Cesar Costa é ex-aluno do Colégio da Policia Militar e cursa a UFPE, mas foi conferir o resultado de outros amigos. “Fui o primeiro a ver que a Márcia [uma amiga que não estava lá] passou”, conta orgulhoso. Junto com outros amigos, eles fizeram do dia do listão uma verdadeira festa.
Mudanças
Pelo segundo ano consecutivo, o primeiro colocado do vestibular da UFPE foi um aluno de música. Alguns professores e alunos aproveitaram para questionar o reitor sobre as mudanças. A própria primeira colocada afirma que, pelo antigo sistema, nunca seria primeira colocada. “Nós vamos reavaliar e ver o que fazer para o próximo ano”, afirmou o reitor, Anísio Brasileiro, mas ressaltando que o modelo atual aprova os alunos pelo mérito. “A aprovação desses alunos foi resultado do esforço, do mérito de cada estudante. Quem não passou, não desista”, disse Anísio.
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