Porto Alegre - A Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul vai contratar empresas de segurança para a vigilância de 12 escolas localizadas em zonas mais vulneráveis à violência na região metropolitana de Porto Alegre.
Os agentes privados poderão portar armas para proteger estudantes e professores de agressões e também as instalações de depredações. O anúncio deve ser feito amanhã, após a finalização do pregão eletrônico que vai definir as vencedoras, quando também serão divulgados detalhes da iniciativa.
A contratação é parte das ações do Programa Escola Segura e deve custar R$ 1,2 milhão por ano aos cofres públicos. Outros R$ 2,1 milhões serão aplicados na construção de muros e instalação de portões eletrônicos. A seleção foi feita de acordo com um mapa de escolas mais vulneráveis à violência, elaborado em conjunto pela Secretaria da Educação e Brigada Militar (a polícia militar gaúcha).
A secretaria descarta que a contratação esteja vinculada a um episódio de grande repercussão no Estado ocorrido nesta semana. Na segunda-feira, uma professora de 57 anos foi assaltada por um garoto de 15 anos, armado, dentro da sala de aula. O adolescente foi apreendido. A escola, localizada na zona leste de Porto Alegre, não está em zona considerada de alto risco e não receberá vigilância privada.
Além das medidas nas escolas mais vulneráveis, a Secretaria da Educação e a Brigada Militar pretendem ampliar dois sistemas de vigilância já existentes em diversos educandários públicos. Um deles usa o Corpo de Voluntários Inativos, formado por policiais militares aposentados, para proteger as escolas. Outro é o PM Residente, que oferece acomodações para que soldados da Brigada Militar façam da escola uma espécie de segunda casa, na qual passam a maior parte do tempo, zelando pela segurança do local. Somados, os dois sistemas protegem cerca de 800 das 2,6 mil escolas estaduais.
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