Uma menina de 13 anos, que preferiu não ser identificada, relatou as agressões que sofreu na Escola municipal Herbert Moses, no bairro Jardim América, no subúrbio do Rio. Ela alega que a escola não a ajudou.
“Elas (estudantes que a agrediram) ficam ameaçando. Elas me bateram, eu quase desmaiei na escola. E a escola não dá providência nenhuma. Eu acho que eles não tomam atitude. Eu não acho que é uma boa coisa para os alunos, porque a gente que quer estudar, a gente sai da escola. E quem não quer estudar, fica na escola”, disse a menina.
A Secretaria municipal de Educação afirmou que as agressões aconteceram fora da escola, depois da aula e que, ao tomar conhecimento a direção do colégio, convocou os responsáveis das duas alunas para uma reunião. De acordo com a secretaria, o regimento escolar do município proíbe o bullying, com punições que vão desde uma advertência até o encaminhamento da criança ao Conselho Tutelar.
Escola diminui número de agressõesEm Ipanema, na Zona Sul do Rio, uma escola particular conseguiu diminuir os casos de bullying, inspirada nos ensinamentos do profeta Gentileza. O desafio da direção da escola era identificar quem pratica as agressões e por que. Em 2008, todos os alunos dos 12 colégios da rede responderam a 40 perguntas sobre o bullying.
“Bullying é quando você repete uma coisa que a pessoa não goste. E a brincadeira é quando os dois estão se divertindo, e não só quando um está se divertindo”, resumiu Lucas de Souza Pereira, de 12 anos.
Analisadas as respostas, foi possível traçar o perfil de quem maltrata e de quem é vitima. “A pessoa que pratica bulliyng normalmente é insegura e tem que se sentir maior do que a outra pessoa”, explicou a estudante Gabriela Pinharilho, de 14 anos.
Manual e palestras
Revelado pelos questionários, o número de casos de agressão verbal e psicológica surpreendeu. Os professores receberam um manual sobre como agir, enquanto os alunos tiveram que participar de muitas palestras com educadores, advogados e até delegados de polícia, que explicaram as consequências do bullying na internet.
Inspirados no poeta que deixou estampado nos muros da cidade a frase ‘gentileza gera gentileza’, a atitude dos alunos também mudou. Após quatro anos de observações, os educadores do colégio confirmaram: a agressividade que aparece na convivência entre alunos não surge na escola, mas é lá que ela se espalha.
“Se não tiver uma parceria ou uma união de todos esses elementos que compõem a escola, a gente não vai conseguir acabar com o bullying”, afirmou a orientadora educacional Júlia Monteiro Lázaro.
Indenização de R$ 35 mil
No início de abril, a Justiça do Rio condenou o Colégio Nossa Senhora da Piedade a indenizar em R$ 35 mil reais a família de uma ex-aluna que foi vítima de bullying dentro da escola. Segundo o Tribunal de Justiça, a 13ª Câmara Cívil negou por unanimidade um recurso do colégio e manteve a sentença expedida em 2009, que prevê o pagamento de R$ 15 mil para a vítima e mais R$ 20 mil para seus pais. Procurado pelo G1, o colégio não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com o processo, o caso aconteceu em 2003, quando a menina, aos 7 anos, sofreu agressões físicas e psicológicas de colegas. Dentre as agressões, o documento destaca o dia em que a criança foi espetada na cabeça por um lápis, que foi arrastado provocando arranhões.
Consulta a médicos
As agressões influenciaram bastante no comportamento da vítima. De acordo com o relato da família no processo, a criança passou por vários médicos que constaram que “a menina tinha manifestações fóbicas, com dificuldade de ir para a escola, e problema específico com dois colegas do sexo masculino”.
Além da questão da frequência escolar, a criança também passou a sofrer de insônia, terror noturno e outros sintomas como enxaqueca e dores abdominais, tendo que ser submetida a tratamentos com antidepressivos.
“Elas (estudantes que a agrediram) ficam ameaçando. Elas me bateram, eu quase desmaiei na escola. E a escola não dá providência nenhuma. Eu acho que eles não tomam atitude. Eu não acho que é uma boa coisa para os alunos, porque a gente que quer estudar, a gente sai da escola. E quem não quer estudar, fica na escola”, disse a menina.
A Secretaria municipal de Educação afirmou que as agressões aconteceram fora da escola, depois da aula e que, ao tomar conhecimento a direção do colégio, convocou os responsáveis das duas alunas para uma reunião. De acordo com a secretaria, o regimento escolar do município proíbe o bullying, com punições que vão desde uma advertência até o encaminhamento da criança ao Conselho Tutelar.
Escola diminui número de agressõesEm Ipanema, na Zona Sul do Rio, uma escola particular conseguiu diminuir os casos de bullying, inspirada nos ensinamentos do profeta Gentileza. O desafio da direção da escola era identificar quem pratica as agressões e por que. Em 2008, todos os alunos dos 12 colégios da rede responderam a 40 perguntas sobre o bullying.
“Bullying é quando você repete uma coisa que a pessoa não goste. E a brincadeira é quando os dois estão se divertindo, e não só quando um está se divertindo”, resumiu Lucas de Souza Pereira, de 12 anos.
Analisadas as respostas, foi possível traçar o perfil de quem maltrata e de quem é vitima. “A pessoa que pratica bulliyng normalmente é insegura e tem que se sentir maior do que a outra pessoa”, explicou a estudante Gabriela Pinharilho, de 14 anos.
Manual e palestras
Revelado pelos questionários, o número de casos de agressão verbal e psicológica surpreendeu. Os professores receberam um manual sobre como agir, enquanto os alunos tiveram que participar de muitas palestras com educadores, advogados e até delegados de polícia, que explicaram as consequências do bullying na internet.
Inspirados no poeta que deixou estampado nos muros da cidade a frase ‘gentileza gera gentileza’, a atitude dos alunos também mudou. Após quatro anos de observações, os educadores do colégio confirmaram: a agressividade que aparece na convivência entre alunos não surge na escola, mas é lá que ela se espalha.
“Se não tiver uma parceria ou uma união de todos esses elementos que compõem a escola, a gente não vai conseguir acabar com o bullying”, afirmou a orientadora educacional Júlia Monteiro Lázaro.
Indenização de R$ 35 mil
No início de abril, a Justiça do Rio condenou o Colégio Nossa Senhora da Piedade a indenizar em R$ 35 mil reais a família de uma ex-aluna que foi vítima de bullying dentro da escola. Segundo o Tribunal de Justiça, a 13ª Câmara Cívil negou por unanimidade um recurso do colégio e manteve a sentença expedida em 2009, que prevê o pagamento de R$ 15 mil para a vítima e mais R$ 20 mil para seus pais. Procurado pelo G1, o colégio não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com o processo, o caso aconteceu em 2003, quando a menina, aos 7 anos, sofreu agressões físicas e psicológicas de colegas. Dentre as agressões, o documento destaca o dia em que a criança foi espetada na cabeça por um lápis, que foi arrastado provocando arranhões.
Consulta a médicos
As agressões influenciaram bastante no comportamento da vítima. De acordo com o relato da família no processo, a criança passou por vários médicos que constaram que “a menina tinha manifestações fóbicas, com dificuldade de ir para a escola, e problema específico com dois colegas do sexo masculino”.
Além da questão da frequência escolar, a criança também passou a sofrer de insônia, terror noturno e outros sintomas como enxaqueca e dores abdominais, tendo que ser submetida a tratamentos com antidepressivos.
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