O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem 2011), que será realizado neste sábado (22) e domingo (23) para mais de 5,3 milhões de candidatos de todo o país, utiliza um sistema de cálculo matemático diferente dos vestibulares na hora do cálculo da nota de cada candidato. A Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada do Enem, relaciona uma ou mais habilidades do estudante com a probabilidade de acerto da resposta. Cada questão tem um nível de dificuldade diferente e, consequentemente, valores diferentes. Assim, dois estudantes que acertarem o mesmo número de questões não necessariamente terão a mesma nota final no Enem.
O Enem é composto por quatro provas objetivas (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens), cada uma com 45 questões cada, e mais uma redação.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, a TRI reduz as chances de acerto por "chute" das respostas do Enem. Na TRI, o foco é no item, como é chamada cada questão, e não no total de acertos. Aluno que mostra padrão de resposta médio ao longo da prova, se acerta uma questão de padrão mais difícil pode aparecer uma resposta aleatória.
A TRI é o conjunto de modelos que relacionam uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta. Cada item/questão é construído um modelo representado por três parâmetros: a discriminação (que ajuda a diferenciar a habilidade dos alunos), o grau de dificuldade e o acerto casual. Já o vestibular, como da Fuvest, por exemplo, utiliza a Teoria Clássica dos Testes (TCT). Quem acertar mais perguntas, soma mais pontos.
Renato Júdice, gerente da área técnica da Avalia, explica que a TRI usada no Enem é como uma consulta ao oftalmologista. “O objetivo principal do Enem não é selecionar os melhores para as universidades, mas medir o nível de conhecimento de cada estudante do ensino médio”, diz. “Assim, em uma analogia, o Enem seria como o oftalmologista tentando descobrir o grau de miopia do paciente. Ele vai colocando lente após lente na máquina até descobrir o seu grau, e não quantas vezes o paciente acerta o que está escrito no cartaz. Ou seja, se a competência do aluno é 300, não vou querer contar quantas questões ele acertou, mas quais questões ele acerta para mostrar que está na posição 300.”
Em outra analogia, a TRI seria como o salto em altura do atletismo, no qual o atleta vê o sarrafo subir a cada salto até se medir qual é a altura máxima que ele alcança. “A altura que o atleta salta é a sua proficiência, sua capacidade de saltar”, afirma Júdice. “Então não adianta o Enem ter um monte de questões fáceis, como um sarrafo em uma altura baixa para o atleta. O que o exame quer saber em que altura ele consegue pular o sarrafo, e não quantas vezes ele salta.”
De acordo o sistema usado pelo Inep para cada item/questão é construído um modelo representado por três parâmetros: a discriminação (que ajuda a diferenciar a habilidade dos alunos), o grau de dificuldade e o acerto casual.
A TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. A teoria começou a ser aplicada no Enem em 2009, para garantir a possibilidade de comparação das notas de diversos anos.
O Enem é composto por quatro provas objetivas (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens), cada uma com 45 questões cada, e mais uma redação.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, a TRI reduz as chances de acerto por "chute" das respostas do Enem. Na TRI, o foco é no item, como é chamada cada questão, e não no total de acertos. Aluno que mostra padrão de resposta médio ao longo da prova, se acerta uma questão de padrão mais difícil pode aparecer uma resposta aleatória.
A TRI é o conjunto de modelos que relacionam uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta. Cada item/questão é construído um modelo representado por três parâmetros: a discriminação (que ajuda a diferenciar a habilidade dos alunos), o grau de dificuldade e o acerto casual. Já o vestibular, como da Fuvest, por exemplo, utiliza a Teoria Clássica dos Testes (TCT). Quem acertar mais perguntas, soma mais pontos.
Renato Júdice, gerente da área técnica da Avalia, explica que a TRI usada no Enem é como uma consulta ao oftalmologista. “O objetivo principal do Enem não é selecionar os melhores para as universidades, mas medir o nível de conhecimento de cada estudante do ensino médio”, diz. “Assim, em uma analogia, o Enem seria como o oftalmologista tentando descobrir o grau de miopia do paciente. Ele vai colocando lente após lente na máquina até descobrir o seu grau, e não quantas vezes o paciente acerta o que está escrito no cartaz. Ou seja, se a competência do aluno é 300, não vou querer contar quantas questões ele acertou, mas quais questões ele acerta para mostrar que está na posição 300.”
Em outra analogia, a TRI seria como o salto em altura do atletismo, no qual o atleta vê o sarrafo subir a cada salto até se medir qual é a altura máxima que ele alcança. “A altura que o atleta salta é a sua proficiência, sua capacidade de saltar”, afirma Júdice. “Então não adianta o Enem ter um monte de questões fáceis, como um sarrafo em uma altura baixa para o atleta. O que o exame quer saber em que altura ele consegue pular o sarrafo, e não quantas vezes ele salta.”
De acordo o sistema usado pelo Inep para cada item/questão é construído um modelo representado por três parâmetros: a discriminação (que ajuda a diferenciar a habilidade dos alunos), o grau de dificuldade e o acerto casual.
A TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. A teoria começou a ser aplicada no Enem em 2009, para garantir a possibilidade de comparação das notas de diversos anos.
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