A proximidade com a praia e as ruas largas e vazias motivaram a família da estudante Luiza Cavalcanti a se mudar para a casa de veraneio em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, cidade da Região Metropolitana do Rio. Passados 11 anos, os percursos ficaram mais longos e as vias se estreitaram com o aumento do fluxo de veículos na área. Para driblar os congestionamentos na cidade, a jovem de 22 anos sai de casa ainda de madrugada. Ela leva cerca de 3h30 no deslocamento.
Na série Vida em trânsito, o G1 vai mostrar como a rotina de pessoas em diferentes lugares no Brasil, em cidades de tamanhos diversos, tem passado por mudanças por causa do tráfego intenso. E o seu cotidiano, mudou por conta do trânsito? Deixe sua história na área de comentários ao final da reportagem.
A poltrona do ônibus é onde Luiza dorme e estuda por cerca de cinco horas. Esse é o tempo que ela gasta por dia no deslocamento entre a casa e o estágio, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. No percurso de cerca de 50 quilômetros, a estudante conta que o pior trecho está nos 18 quilômetros que separam a sua casa da Ponte Rio-Niterói.
“O trânsito é muito ruim no Largo da Batalha e na Avenida Roberto Silveira, principal via de ligação entre a Zona Sul de Niterói e a Ponte Rio-Niterói. Às 6 horas, o trânsito já é intenso nessas ruas. Às 7h, se torna impraticável”, explica.Apesar de morar na esquina da praia, Luiza não consegue ver o sol no local durante a semana. Ela diz que fica pouco mais de cinco horas em casa. A estudante chega por volta da meia-noite e sai para o trabalho às 5h30. Há três anos, ela conseguia sair de casa às 6h e chegar às 8h30 no escritório. Atualmente, mesmo saindo mais cedo de casa, Luiza não consegue chegar no estágio antes das 9 horas. Pela manhã, ela trabalha em uma empresa de construção imobiliária. À noite, a jovem cursa o quarto ano de engenharia civil no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, no Maracanã, na Zona Norte do Rio.
“Várias vezes cheguei no trabalho com a roupa inadequada com o tempo. Aí eu explico que quando saio de casa ainda está noite, então fico sem saber se o dia vai ser quente ou mais fresco. Em compensação, aproveito muito a praia nos finais de semana”, diz.
Cursos cancelados
A moradora reclama ainda dos impactos negativos que o aumento do trânsito trouxe em sua rotina. As refeições em companhia da família, a academia e o curso de francês foram cancelados pela falta de tempo.
“O meu namorado mora próximo à minha casa, mas eu também só consigo vê-lo nos finais de semana, já que ele também perde muito tempo no trânsito. É complicado, mas infelizmente tenho que me acostumar com os engarrafamentos, acho que ano que vem terei que sair de casa às 5h para chegar no trabalho no horário certo”, contenta-se Luiza.
A prefeitura de Niterói informou que há seis anos foram adotadas, nos horários de pico, as faixas reversíveis no corredor de ligação da Zona Sul e Centro a Ponte Rio-Niterói. Com o crescimento acelerado de veículos, a Nittrans, setor da prefeitura responsável pelo trânsito, pretende implementar um novo plano para garantir melhor fluidez ao tráfego.
Entre as medidas anunciadas está a criação de uma passagem subterrânea no centro de Niterói, a construção de novos terminais rodoviários e a implantação de um corredor expresso para os ônibus. Para melhorar o trânsito na Região Oceânica, a Estrada Francisco da Cruz Nunes passa por uma obra de alargamento, entre o cemitério Parque da Colina e o Largo da Batalha.
Na série Vida em trânsito, o G1 vai mostrar como a rotina de pessoas em diferentes lugares no Brasil, em cidades de tamanhos diversos, tem passado por mudanças por causa do tráfego intenso. E o seu cotidiano, mudou por conta do trânsito? Deixe sua história na área de comentários ao final da reportagem.
A poltrona do ônibus é onde Luiza dorme e estuda por cerca de cinco horas. Esse é o tempo que ela gasta por dia no deslocamento entre a casa e o estágio, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. No percurso de cerca de 50 quilômetros, a estudante conta que o pior trecho está nos 18 quilômetros que separam a sua casa da Ponte Rio-Niterói.
“O trânsito é muito ruim no Largo da Batalha e na Avenida Roberto Silveira, principal via de ligação entre a Zona Sul de Niterói e a Ponte Rio-Niterói. Às 6 horas, o trânsito já é intenso nessas ruas. Às 7h, se torna impraticável”, explica.Apesar de morar na esquina da praia, Luiza não consegue ver o sol no local durante a semana. Ela diz que fica pouco mais de cinco horas em casa. A estudante chega por volta da meia-noite e sai para o trabalho às 5h30. Há três anos, ela conseguia sair de casa às 6h e chegar às 8h30 no escritório. Atualmente, mesmo saindo mais cedo de casa, Luiza não consegue chegar no estágio antes das 9 horas. Pela manhã, ela trabalha em uma empresa de construção imobiliária. À noite, a jovem cursa o quarto ano de engenharia civil no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, no Maracanã, na Zona Norte do Rio.
“Várias vezes cheguei no trabalho com a roupa inadequada com o tempo. Aí eu explico que quando saio de casa ainda está noite, então fico sem saber se o dia vai ser quente ou mais fresco. Em compensação, aproveito muito a praia nos finais de semana”, diz.
Cursos cancelados
A moradora reclama ainda dos impactos negativos que o aumento do trânsito trouxe em sua rotina. As refeições em companhia da família, a academia e o curso de francês foram cancelados pela falta de tempo.
“O meu namorado mora próximo à minha casa, mas eu também só consigo vê-lo nos finais de semana, já que ele também perde muito tempo no trânsito. É complicado, mas infelizmente tenho que me acostumar com os engarrafamentos, acho que ano que vem terei que sair de casa às 5h para chegar no trabalho no horário certo”, contenta-se Luiza.
A prefeitura de Niterói informou que há seis anos foram adotadas, nos horários de pico, as faixas reversíveis no corredor de ligação da Zona Sul e Centro a Ponte Rio-Niterói. Com o crescimento acelerado de veículos, a Nittrans, setor da prefeitura responsável pelo trânsito, pretende implementar um novo plano para garantir melhor fluidez ao tráfego.
Entre as medidas anunciadas está a criação de uma passagem subterrânea no centro de Niterói, a construção de novos terminais rodoviários e a implantação de um corredor expresso para os ônibus. Para melhorar o trânsito na Região Oceânica, a Estrada Francisco da Cruz Nunes passa por uma obra de alargamento, entre o cemitério Parque da Colina e o Largo da Batalha.
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