quinta-feira, 31 de março de 2011

Adolescente é esfaqueado dentro de colégio no DF (Postado por Erick Oliveira)

Um adolescente de 16 anos levou uma facada, na tarde desta quarta-feira (30), dentro do colégio onde estuda, em Riacho Fundo, cidade próxima a Brasília. Ele foi ferido por outro estudante, de 17 anos, segundo testemunhas.
De acordo com outros estudantes, o agressor pulou um muro e fugiu. A faca foi encontrada pela polícia a poucos metros da escola.
A vítima foi socorrida por professores e levada, em estado grave, ao Hospital Regional de Taguatinga, a cerca de 20km de Brasília. O rapaz passou por cirurgia e está em recuperação.
O crime aconteceu na frente de outros alunos, no meio do pátio do colégio. De acordo com a polícia, os dois já haviam trocado ameaças no dia anterior.
“De acordo com testemunhas, eles têm envolvimento com drogas, então quando um ameaça o outro já veio armado”, contou o sargento do Batalhão Escolar, Jaílson Amaro Barbosa.
O caso lembra o que aconteceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, há seis dias atrás, quando um adolescente também esfaqueou e matou um colega dentro do colégio onde estudavam.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aluno arremessa carteira escolar contra professora (Postado por Erick Oliveira)

Um aluno arremessou uma carteira escolar contra uma professora em uma escola de Guaimbê, município da região de Marília, no interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (15).
A agressão aconteceu em uma escola estadual durante a aula de matemática. A professora conta que tudo começou quando ela pediu para um aluno parar de conversar. Foi aí que outro estudante começou a ofendê-la com palavrões.

A professora Sandra Bontempo afirma que estava abrindo a porta da sala para chamar a diretora quando o jovem, de 16 anos, a atacou com uma carteira. A professora prestou queixa na polícia, fez exame de corpo de delito e foi atendida no hospital para fazer um curativo.

Depois da confusão, o aluno ainda teria ameaçado as conselheiras tutelares que registraram um boletim de ocorrência. Por precaução, elas preferiram não gravar entrevista.
Segundo a PM, o adolescente já causou problemas em casa e na escola. A Polícia Civil vai ouvir os envolvidos e avaliar se instaura inquérito. A escola vai reunir o Conselho de Pais e professores para decidir qual a penalização que o aluno vai sofrer.
A última pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) mostra que 38% dos professores já presenciaram a troca de ameaças entre alunos e que 44% já assistiu estudantes ofendendo os docentes. A pesquisa ouviu cerca de 300 professores da região de Marília.

terça-feira, 15 de março de 2011

'Estou preocupada', diz estudante que vai fazer intercâmbio no Japão (Postado por Erick Oliveira)

O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão preocupam estudantes brasileiros que foram contemplados com bolsas de estudo e estão de malas prontas para estudar naquele país. É o caso de Maria Rafaela Emi Nakagawa, de 21 anos, que estuda administração na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná. As aulas na Universidade Meio, na Ilha de Okinawa, começam em menos de um mês, dia 11 de abril, e Maria Rafaela aguarda o visto para comprar a passagem.
"Estou ansiosa, mas um pouco preocupada com a situação. Quando consegui a bolsa, minha mãe ficou super feliz e orgulhosa. Agora, quando vê os noticiários, quase fala para eu não ir mais", diz Maria Rafaela que morou no Japão quando era criança. Por enquanto, ela não pensa em desistir da viagem.
Os avós paternos e maternos de Maria Rafaela nasceram no Japão e seu tio e primos ainda moram lá. Durante o intercâmbio, Rafaela vai morar no alojamento da universidade em Okinawa, no sul do Japão, área que não foi afetada pelos terremotos e tsunami. "Sei que lá está mais tranquilo, mas me preocupa um pouco, porque Okinawa é uma ilha e, portanto está muito próxima do mar."
A viagem de Maria Rafaela faz parte de um convênio entre instituições de ensino japonesas e a Universidade Estadual de Londrina permite intercâmbios entre estudantes japoneses e brasileiros. Todos os anos até cinco brasileiros viajam para o Japão e vice e versa.
Três representantes da universidade paranaense devem embarcar nos próximos meses para o Japão. Eles ganharam bolsas de estudo de um ano após passar por uma seleção que inclui análise de currículo, prova e entrevista em japonês. O intercâmbio prevê aulas do idioma e da cultura japonesa. Após dominarem a língua, eles têm possibilidade de cursar outras disciplinas oferecidas pela universidade.
Ansiedade
Wagner Luiz Schmit, de 29 anos, professor de psicologia, é outro intercambista que vai para o Japão. Ele precisa viajar até 30 de agosto. As aulas na Universidade Kanda, em Chiba, começam em 5 de setembro.
Schmit não é descendente de japonês, mas diz que se interessa pela cultura desde criança. "Como pesquiso a área de jogos e educação, acredito que o Japão tenha muito a contribuir. Até pretendo, um dia, fazer pós-graduação lá."
O professor não pretende desistir da viagem, a não ser que a questão nuclear se agrave. "Estamos ansiosos porque não sabemos ao certo o que vai acontecer. A cada dia há novos tremores e a situação muda."
A diretora do núcleo de estudos da cultura japonesa da UEL, Estela Okabayashi Fuzii, disse que tem monitorado as universidades parceiras para avaliar a situação do país. "A preocupação é grande. Nesta semana chegam estudantes do Japão aqui no Brasil. Estamos todos apreensivos. Acredito que as viagens possam ser adiadas."
Estela também tem familiares em Tóquio e na região sul do Japão, mas estão todos bem. "Na casa deles, o terremoto chegou a quebrar objetos de vidros e derrubar vidros. Mas foi mais o susto."

terça-feira, 1 de março de 2011

Conflitos deixam 28 milhões de crianças sem estudar, diz Unesco (Postado por Erick Oliveira)

Relatório da Unesco divulgado nesta terça-feira (1º), em Nova Iorque, apontou que 28 milhões de crianças em todo o mundo ficam sem estudar devido aos conflitos armados nos países pobres. Elas também são expostas ao risco de serem vítimas de violações e violência sexual, de ataques direcionados a escolas e outros atentados contra os direitos humanos.
O relatório “A crise oculta: Conflitos armados e educação” mostrou também que o mundo não está no caminho para atingir até 2015 os seis objetivos de Educação para Todos, assinados por mais de 160 países em 2000, entre eles o Brasil. Apesar dos progressos em diversas áreas, a maioria dos objetivos ainda está longe de ser alcançada, especialmente em regiões devastadas por conflitos.
“Os conflitos armados continuam a ser o maior empecilho para o desenvolvimento humano em diversas partes do mundo, e ainda assim seu impacto na educação é amplamente negligenciado", disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
Trinta e cinco países foram afetados por conflitos armados entre 1999 e 2008. Crianças e escolas estão na linha de frente desses conflitos, com salas de aula, professores e alunos sendo vistos como alvos legítimos. No Afeganistão, foram registrados no mínimo 613 ataques em escolas em 2009, comparados aos 347 em 2008. Insurgentes no noroeste do Paquistão realizaram numerosos ataques contra escolas femininas, incluindo um no qual 95 meninas foram feridas. No norte do Iêmen, 220 escolas foram destruídas, danificadas ou saqueadas durante as batalhas entre o governo e as forças armadas rebeldes em 2009 e 2010.
"As escolas se tornaram alvos diretos dos conflitos armados. No Afeganistão e em parte do Paquistão, por exemplo, eles são contrários à escolarização de mulheres. Desse modo, as escolas além de alvos militares, tornam-se alvos políticos", afirmou o coordenador de educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani.
Violência sexualO estupro e outras violências sexuais têm sido utilizados como tática de guerra em diversos países. A insegurança e o medo associados à violência sexual mantêm principalmente as jovens fora da escola.
Dos estupros relatados na República Democrática do Congo, um terço envolve crianças (e 13% são contra crianças abaixo de 10 anos). O número de estupros não relatados em áreas afetadas por conflitos ao leste do país pode ser de 10 a 20 vezes superior ao de casos denunciados.
O relatório alerta que as falhas na educação alimentam os conflitos. De acordo com a pesquisa, em diversos países afetados, mais de 60% da população possui idade inferior a 25 anos, porém os sistemas educacionais não fornecem aos jovens as habilidades que eles necessitam para escapar da pobreza, do desemprego e do desespero econômico que geralmente contribui para conflitos violentos.
Para o coordenador Paolo Fontani, também é necessário aumentar os valores destinados à educação para a reconstrução de países pós-conflitos, e as escolas têm de ser uma necessidade imediata. "A educação é fundamental para construção de valores de tolerância, convivência e sociedade de paz. Não é só desenvolvimento humano, mas é um processo fundamental para reparar grandes desgastes que uma guerra provoca no corpo e na alma das pessoas. A educação forma cidadãos."
Brasil
O estudo sobre os conflitos armados não inclui dados sobre o Brasil. Apesar de estar fora da rota das guerras, o Brasil apresenta números pouco positivos.
Em 2007, de acordo com a Unesco, 682 mil crianças, com idades entre 7 e 10 anos, estavam fora da escola no Brasil. Metade das crianças fora da escola em todo mundo se concentra em 15 países - o Brasil é um deles.
Em 2008, apenas 48% das crianças entre 4 e 6 anos que compreendem a educação infantil, estavam fora da escola.
A maioria dos adultos analfabetos se concentra em 10 países, entre os quais o Brasil, que apesar de ter reduzido em 2,8 milhões a população analfabeta entre 2000 e 2007, ainda tinha 14 milhões de analfabetos em 2007.