A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) é uma pesquisa feita pelo IBGE. Se você não sabe o que significa IBGE, este artigo fala justamente sobre VOCÊ!
A pesquisa feita em 150 mil domicílios durante o ano de 2008 mostra o LIXO no qual este país está. Os dados coletados são alarmantes, se bem que os órgãos públicos estão calminhos, posto que nunca foi prioridade melhorar alguma coisa nesse país, só se fala em coletar de dados e propagandear o famigerado pré-sal. Na última edição do levantamento, ficou patente a falência da Educação, em contraposição a uma questionável melhoria no padrão de vida das pessoas. Pelo visto, Educação não influi no padrão de vida, e obviamente isso não me causa estranheza, dados os discursos do Primeiro Molusco. Preparem a armadura, que está na hora de partirmos pra porrada!
Os números do PNAD foram divulgados na sexta-feira, dia 18/9. Por onde devemos começar a baixar o pau? Que tal pela Educação? Sim, por que não? Afinal, o nosso glorioso ministro Fernando Haddad achou que o cenário educacional está “mais animador”. Esse “mais animador” significa dizer que, segundo O Globo, o índice de analfabetismo em termos nacionais caiu… 0,1%! Fico comovido de saber que com o maior número de crianças frequentando colégios, este índice tenha tido esta “expressiva” redução. Claro que não podemos generalizar tanto assim, já que – segundo o jornal Zero Hora – mais da metade das crianças gaúchas com idade entre quatro e cinco anos está fora da educação infantil. Assim, quem é que alfabetiza as crianças? Em termos nacionais, entre crianças em idade escolar, o índice de analfabetismo é de 2,8%. Para Haddad, apesar de o número de crianças nessa situação ainda ser alto (492 mil), o fato positivo é que essa taxa era maior na PNAD de 2007 (cerca de 552 mil).
Enquanto a proporção de analfabetos no Brasil reduziu os amargos 0,1%, ao separarmos por regiões veremos o DESASTRE, pois apenas (eu disse a-pe-pe-pe-penas) as Regiões Norte e Nordeste tiveram um decréscimo no número de analfabetos entre o PNAD de 2007 e o PNAD de 2008। SOCORRO!!
Os números
Os números mostram que a situação do Norte/Nordeste melhorou? Nem tanto, pois eles ainda detêm o maior número de crianças analfabetas.
Aqui se deve fazer uma ressalva: a pesquisa mostra somente as crianças que são consideradas analfabetas MESMO, pois se ela souber só escrever (eu diria “desenhar”) o nome, já deixou de ser analfabeta. Lindo, não? Uma excelente forma de mascarar resultados! Ao todo, 5,3% da faixa dos 10 aos 14 anos nas referidas regiões não sabem nem desenhar o próprio nome, quanto mais escrever frases complicadas como “a bola é azul”. Segundo o consultor em educação da Unesco no Brasil, Célio da Cunha – em reportagem trazida pelo UOL Educação – o número é preocupante. “O Brasil continua fabricando analfabetos”, disse Célio, provavelmente com expressão de horror na face; e quem poderia censurá-lo? Se bem que temos um presidente como o Lula, isso é causa e efeito de tudo isso.
O Ensino no Brasil vem sendo tratado como uma piada há anos! Resolvem mascarar os resultados de várias formas. Mudam-se nomenclaturas (você sabe assassinar seu nome? Beleza, você não é mais analfabeto), usam aprovações automáticas (coitado, ele merece ter uma chance), pressionam professores de modo a aprovar de qualquer jeito, já que diretores não querem dar explicações. Assim, pressionam os diretores para que estes pressionem os professores. Só para vocês terem uma idéia, em certos colégios federais no Rio de Janeiro, professor que reprove mais de 15% da turma terá que comparecer a um curso durante as férias, para aprender como avaliar. Ou seja, o aluno não estuda durante o ano e o professor que fica de recuperação. O mais escroto disso é que o diretor TAMBÉM tem que comparecer nesse curso. Logo, o resultado é mais que evidente: o diretor fará DE TUDO para que o professor não faça por onde destruir as suas [do diretor] férias.
Alegam que o analfabetismo é decorrente das péssimas condições financeiras, ou porque o cara mora em favela.. ops! Temos que ser politicamente corretos e não podemos dizer que existem pessoas morando em FAVELAS. Temos que dizer que moram em “comunidades”, mesmo sabendo que são FAVELAS. Agora, eu pergunto: O que tem o reto com a vestimenta masculina? Só porque moram numa FAVELA, a criança tem que ser analfabeta? Um dos meus trabalhos é o de professor. Trabalho num colégio de classe média/média-alta, em meio aqueles mauricinhos e patricinhas metidos a gostosos, onde boa parte tem envolvimento com drogas e com potencial intelectual inferior ao do meu hamster com Síndrome de Down. Boa parte deles chega ao Ensino Médio sem saber operar uma fração, e não, não estou exagerando. Uma das distintas, quando eu estava falando sobre forças da Natureza e citei vulcões, perguntou por que não enchíamos um vulcão de cimento para conter sua erupção; a conclusão é de vocês. A escrita deles é sofrível, não possuem capacidade de interpretação de textos mais complicados (algo como duas linhas de texto), mas conseguem notas razoáveis nas aulas de língua portuguesa e/ou redação. Como se explica isso?
Pelo mesmo motivo que crianças que moram em FAVELAS chegam ao ensino médio sem saber nada de nada: Aprovação Automática!
Nos colégios públicos, este câncer educacional ainda persiste; afinal, coitadinhos, eles não são culpados por não saberem… SIM, SÃO! No caso dos colégios particulares, também existe isso, sob a forma de coação. Afinal, professor que reprova muito aluno (igual ou acima de 1 por turma), acaba sendo “reprovado”, se me entendem. Afinal, colégios particulares seguem a receita escrota do tipo:
Aluno = Receita
Professor = Despesa
Ninguém quer perder o cliente. E, afinal, por que os pais colocam os filhos nos colégios? Também é simples de explicar e envolve dois casos:
1º Caso: Famílias pobres – Pais não querem filho em casa enchendo o saco. Ademais, eles têm que matricular os moleques nos colégios, a fim de garantirem as bolsas-qualquer-coisa, entre os trocentos assistencialismos, somando o fato que o aluno almoça no colégio – nem que seja só arroz-doce – e isso reflete em menos um gasto; e se muitos pais usam essa economia pra encher a cara de cachaça, é outra história.
2º Caso: Famílias de classe média e acima – Pagam colégio para não ter problema e sequer se preocuparem com o que o filho se mete. Acham que TUDO deve ser resolvido no colégio, pelo colégio. 80% não vão nas reuniões de pais; e se o filho fizer besteira e ficar suspenso, a mãe chega lá e dá um esporro no coordenador dizendo que “se ele [o coordenador] queria fazer aquilo [suspender o meliante] para atingir a ela, que ele tinha conseguido, pois ELA é que teve que aturar a peste do garoto” (eu presenciei este diálogo). Obviamente, o coordenador não suspendeu mais o moleque, afinal a vaca da mãe pagava colégio para o colégio não incomodá-la (palavras dela).
Já a taxa de analfabetismo funcional – isto é, alunos que não tiveram completado 4 anos de estudos – chegou a 21% em 2008, com recuo de 0,8 ponto percentual frente ao ano anterior, me emocionando profundamente por poder morar neste país! Como disse acima, que adianta ficar 4, 5, 10 ou 20 anos no colégio? O aluno passa sem saber nada! Ainda mais por causa de pseudoprofissionais que pensam que servem para algo, mas sua única função é ser um chute no saco de qualquer profissional sério de Educação. Estou falando deles: os amaldiçoados pedagogos e suas ridículas pedagogias do afeto ou outras babaquices sem sentido, repetindo ad nauseam textos do tosco do Paulo freire, cuja única distinção (e não foi tão grande assim) se direcionou para alfabetização de adultos em zonas rurais. Muito lindo, né? Se solta-se o cara num estadualzão de periferia (eu já tive a dádiva de trabalhar em um e tinha que ir armado), os alunos arrancariam a barbona dele sem dó. Ou não? Ah, alunos são bonzinhos, eles jamais fariam algo contra professores [1] , [2] , [3]. Mas são crianças, temos que protegê-la e entender que estão numa atividade psicoeducacionaltécnodidaticocientíficometodológico, numa visão piagetiana que visa o pragmatismo num contexto sócio-interacionista de Vygotski propalado por Paulo Freire…. ou alguma bobagem nesse sentido – se é que esta bosta toda faz sentido…
BULLSHIT!
A Educação melhora quando erradicarem a “profissão” de pedagogos, impedindo-os de sequer chegarem perto de colégios. Ainda mais quando estes pseudoprofissionais – especializados numa pseudociência – ensinam errado nossas crianças, chegando até mesmo ao absurdo de dizer que “tomar suco de clorofila é muito bom” (sic). Para essas mulas, realmente deve ser bom mesmo. Melhor ainda seria mastigar, pois basta ficarem de 4 na frente de um delicioso capinzinho.
Pedagogia tem tanta relação com o Ensino como Astrologia tem relação com Astronomia.
Agora, o mais cômico, o mais engraçado, o mais lamentável e ridículo é saber, através do PNAD, que houve um acréscimo no acesso à internet e maior percentual de “inclusos digitais”. Alguém viu a condição deles melhorar culturalmente? Claro que não, posto que não querem cultura. Querem continuar com suas fotos ridículas, nos orkuts da vida ou copiando e colando textos da wikipédia, ou fazendo perguntas no Yahoo Resposta pro dever de casa. Isso sem falar nos milhões de filmes, músicas, jogos e programas piratas, ganhando vírus e mais vírus, cada vez que ficam buscando por pornografia ou aborrecentes toscas tirando fotos semi-nuas (ou nem tão “semi” assim) para postar nas redes de relacionamento, num processo chamado “sexting”, que consiste em mandar fotos sensuais (ou completamente nuas, mesmo) de si mesmas para amigos e amigas. Mas isso fica pro artigo sobre Cyberbullying.
O PNAD não tem nada que devamos comemorar, pois são coisas que todos sabemos. Aumentou a venda de computadores? Aumentou o nível educacional? Qual a relação entre os dados? Com programas governamentais de “inclusão digital”, é fácil ter um micro e as lojas fazem promoções e parcelamentos que qualquer um pode pagar. Que tal uma “inclusão literária”, com livros a preços bem baixos? Que tal se, ao invés do governo dar computadores e laptops para os alunos, derem livros e material escolar, de preferência sem os erros absurdos, como os livros distribuídos pela Secretaria de Educação de São Paulo, que tinham até palavrões?
Somos uma nação que está caminhando pro analfabetismo. Os fóruns de discussão são uma piada de mal gosto, com pessoas que não sabem escrever direito, não sabem acentuar, não sabem pontuar e não sabem nem a diferença entre duas palavras, só porque possuem som semelhante (mais/mas, por exemplo). Ninguém mais lê. Os livros infantis hoje são uma tristeza, pois os amaldiçoados pedaimbecis acham que crianças devem ser poupadas do ensino, quando há alguns anos atrás, liam Sítio do Pica-pau, A Ilha do Tesouro entre outros livros “grandes” (em termos de número de páginas). E isso levando em conta que não haviam ilustrações em abundância. Ninguém lê mais Monteiro Lobato, Robert Louis Stevenson ou outros clássicos, quando muito a bosta do Harry Potter que não serve nem pra calço de mesa.
O Brasil está formando uma massa iletrada, ignorante, burra, tola e preguiçosa. Se você quer mudar isso, uma matilha corre para cima de você, defendendo os coitadinhos. Qualquer palavra mais áspera causa traumas psicológicos, que poderão acarretar em um ladrão ou assassino. Temos que usar a pedagogia do amor do Chalitta (quem for paulistano sabe do que estou falando), onde temos que amar nossos alunos, mesmo que eles risquem nossos carros ou cheguem armados em sala de aula.
Nos colégios católicos isso não existe (muito). Alegam que os alunos têm melhor desempenho por causa do ensino religioso, mas não é bem assim. Posso falar porque eu tenho experiência no ramo. O que acontece lá é DISCIPLINA! Colégios tradicionais (a moderna psicopedaimbecilidade odeia o termo “tradicional”) como o Sto Agostinho no Rio age com dureza, onde alunos sequer chamam professores pelo nome. Muitos só se referem ao aluno pelo número de ordem, acabando com a palhaçada de “eu sou filho de Fulano, meu pai paga esta merda e você é meu empregado” (sim, já ouvi aluno falar isso, mas como ele era esperto o suficiente, jamais falaria assim comigo). Isso eu não posso falar mal dos colégios católicos. Você coloca seu filho lá, esperando que ele seja católico, problema seu. Lá tem muitos de outras religiões, principalmente pela garantia de ordem e disciplina, onde aluno não faz o que quer.
Mas tudo isso é errado! Temos que amar nossas crianças, mesmo que elas cheguem completamente drogadas ou saquem de seus celulares no meio da aula para fechar “negócios” com seus… cahan… clientes. E ai do professor que se metesse a besta. Ele teria que ter peito pra enfrentar ou andar armado pra se defender ou ambos (eu tinha uma .765). O Governo Baiano agora, como viu que ninguém quer dar aula nas pocilgas que eles chamam de colégios públicos, estão fazendo até campanha para angariar mais idiotas burros inocentes otários professores. Recomendo o excelente texto do blog Grooeland.
A culpa? De vocês! Sim, VOCÊS, eleitores que vendem seu voto por qualquer imagenzinha lindinha na TV, porque o cantor XYZ fez showmício ou porque algum candidato arrumou um emprego público (pulando pela janela) para o seu sobrinho vagabundo, que só vai lá receber salário às expensas do MEU dinheiro de impostos. A culpa é da própria população iletrada, analfabeta e preguiçosa, que quer que o país continue assim, de modo a continuar seus assistencialismos toscos, enquanto que outros trabalham e pagam impostos.
O futuro? É tão negro quanto ao petróleo do pré-sal, conduzindo-nos de volta à uma pré-história, já que chegará o dia que ninguém mais nesse país saberá ler ou escrever।
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